Temer fala em tirar PSDB do governo antes de março

Brazil's interim President Michel Temer reacts during ceremony for the new rules of the program "Minha Casa Minha Vida" at the Planalto Palace in Brasilia, Brazil July 14, 2016. REUTERS/Ueslei Marcelino
Brazil's interim President Michel Temer reacts during ceremony for the new rules of the program "Minha Casa Minha Vida" at the Planalto Palace in Brasilia, Brazil July 14, 2016. REUTERS/Ueslei Marcelino
Assessores do Planalto afirmam, no entanto, que a intenção do presidente era “manter a coalizão” como hoje está. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O presidente Michel Temer já admite dar início à reforma ministerial ainda este ano, trocando de mãos os quatro ministérios ocupados pelo PSDB. Segundo avaliações no Palácio do Planalto, se o presidente perceber que o cenário desenhado nas próximas semanas no ninho tucano for mesmo na direção do desembarque do governo, Temer tende a se antecipar ao partido e tirá-lo de sua administração.

Assessores do Planalto afirmam, no entanto, que a intenção do presidente era “manter a coalizão” como hoje está. “Se o PSDB realmente quiser sair e Temer perceber que eles vão sair em dezembro, ele tem duas opções: se antecipar ou esperar. Em se convencendo que o PSDB sai de vez, ele vai se antecipar”, garantiu um aliado do presidente.

O PSDB, que está rachado, deve decidir em dezembro se deixa ou não o governo. Hoje o partido tem quatro ministros e ocupa algumas das pastas mais cobiçadas do governo: Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo), Bruno Araújo (Cidades) e Luislinda Valois (Direitos Humanos). Apesar da mudança de estratégia de Temer, seus interlocutores dizem que, caso ele decida mesmo dar a outras legendas as pastas ocupadas por tucanos – os partidos do centrão pressionam o governo, de olho nos espaços do PSDB – a reforma ministerial acontecerá de forma gradual. “Governo não é que nem futebol americano, não dá para sair trocando o governo inteiro de uma vez”, disse uma pessoa próxima a Temer.

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