Terceirizados do Hospital denunciam falta dos pagamentos de rescisão contratual e 13º

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Cerca de 200 funcionários terceirizados que trabalharam por seis meses no Hospital Municipal de Madre de Deus – Região Metropolitana de Salvador – contam que tiveram o contrato de trabalho encerrado, mas não receberam os pagamentos do 13º salário proporcional aos meses trabalhados, nem da rescisão contratual.

Técnicos de enfermagem, médicos e auxiliares de limpeza detalham que foram contratados pela S3 Gestão em Saúde, que administrou o hospital de junho a dezembro. A empresa encerrou o contrato com a prefeitura e demitiu todos os trabalhadores no dia 3 de dezembro, mas até então não pagou o 13º salário proporcional nem a rescisão contratual.
“Procuramos secretário de saúde, prefeito, mas até então não obtivemos sucesso”, conta a recepcionistaOs médicos que foram contratados como pessoa jurídica também pela S3, estão numa situação ainda pior. Afirmam que desde outubro não recebem pagamento e nem conseguem mais contato com a empresa.
Além da falta de pagamentos, os funcionários alegam não ter condições adequadas para atender a população. No mesmo hospital, foi criada no início da pandemia, uma área para atender a pacientes com síndromes respiratórias. Os funcionários contam que no início havia uma equipe específica para atender as vítimas de Covid-19, mas que depois esta equipe teria sido demitida e hoje os pacientes infectados com o novo coronavírus estariam dividindo o espaço com pessoas não infectadas.
Por meio de nota, a S3 Gestão em Saúde, informou que o pagamento dos salários e das verbas rescisórias ainda não foram repassados porque a prefeitura de Madre de Deus não fez os pagamentos referentes aos dois últimos meses do contrato. A nota ainda afirma que a prefeitura de Madre de Deus já foi intimada pelo Ministério Público do Trabalho para prestar esclarecimentos. A prefeitura foi procurada para dar detalhes sobre o repasse, mas a assessoria informou que não vai se pronunciar sobre esse assunto.
A S3 é a mesma empresa que administrava o gripário de Valéria, em Salvador. Fechado no dia 16 de novembro, o espaço contava com 24 leitos e 100 funcionários que tiveram o contrato rescindindo, e também reclamaram não ter recebido integralmente os valores devidos. (G1)

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