Terreiros em Cachoeira e São Félix são beneficiados com serviços prediais

Foto: reprodução
Foto: reprodução

Dez terreiros de candomblé das nações nagô, nagô-vodum, jeje-mahi e angola, dos municípios de Cachoeira e São Félix, no Recôncavo Baiano, vão receber serviços prediais. Um termo de cooperação foi assinado entre o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) e a Prefeitura de Cachoeira. “A próxima etapa será a assinatura da Ordem de Serviço com a participação da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi)”, informa o chefe de Gabinete do Ipac, Ivan de Souza Teixeira.

Segundo o diretor-geral do órgão, João Carlos de Oliveira, essa é mais uma etapa de beneficiamento a esses terreiros, mananciais culturais de matriz africana. Serão beneficiados os terreiros ‘Aganjú Didê’ (conhecido como ‘Ici Mimó’), ‘Viva Deus’, ‘Lobanekum’, ‘Lobanekum Filha’, ‘Ogodó Dey’, ‘Ilê Axé Itayle’, ‘Humpame Ayono Huntóloji’ e ‘Dendezeiro Incossi Mukumbi’, em Cachoeira, além de ‘Raiz de Ayrá’ e ‘Ile Axé Ogunjá’ em São Félix.

De acordo João Carlos, os terreiros já foram protegidos pelo Estado com o ‘registro especial’, uma ação do Ipac inédita no Brasil. “No ano passado [2015], o Ipac voltou a apoiar os terreiros com o lançamento de um livro sobre eles na Feira Literária de Cachoeira (Flica), e agora em 2016 realizaremos reparos prediais nas suas instalações”, relata João Carlos.

Parceria

Os reparos foram anunciados na Flica 2015 pelo secretário estadual de Cultura, Jorge Portugal. “Com medidas de apoio de terreiros tombados, o Estado avança no reconhecimento do valor ancestral destes espaços e comunidades”, afirma a secretária da Sepromi, Vera Barbosa. Para ela, essas medidas integram conjunto de demandas legítimas de segmento que vem lutando e conquistando mais espaços nas políticas públicas.

Outras Notícias