Tudo sobre o retinoblastoma: Entrevista Exclusiva com o Dr. Pedro Gantois

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Em  entrevista exclusiva concedida ao site Olá Bahia, o  oftalmologista Pedro Gantois abordou a retinoblastoma, uma doença que recentemente ganhou destaque devido ao caso da filha de Tiago Leifert.

O médico ressaltou a  importância do diagnóstico precoce e o papel vital de um tratamento eficaz, além da relevância do “teste do olhinho”, que é realizado logo após o nascimento da criança, como um momento crucial para identificar sinais precoces, como um reflexo esbranquiçado no centro dos olhos ou uma pequena mancha branca.

Foto: Deise Campos

Pedro Gantois começou esclarecendo que o retinoblastoma é o câncer ocular mais comum na infância, afetando crianças desde o nascimento até cerca de 4 ou 5 anos de idade, com uma média de diagnóstico por volta dos dois anos. Ele destacou a importância do diagnóstico precoce, enfatizando que quanto antes a doença for identificada e tratada, melhores serão as perspectivas para a visão da criança.

Ele explicou que o objetivo principal do tratamento é evitar o óbito, preservar o globo ocular e, sempre que possível, manter a visão. “O tratamento pode variar de opções mais agressivas a abordagens mais conservadoras, dependendo da gravidade do caso,” destacou.

O oftalmologista mencionou que, no passado, o tratamento principal era a remoção do olho afetado, visando evitar a disseminação do câncer e salvar a vida da criança. No entanto, graças aos avanços médicos, como quimioterapia e radioterapia, hoje é possível aumentar consideravelmente a taxa de cura e preservar o olho e a visão em muitos casos. “O tempo necessário para a cura varia de acordo com a quantidade de tumores presentes no olho e a resposta destes ao tratamento. Não se trata de um processo de curto prazo; pelo contrário, é um tratamento prolongado que geralmente requer acompanhamento por vários anos,” explicou.

O médico ressaltou que é compreensível que algumas pessoas se preocupem com a aparência do olho após o tratamento, no entanto, ele tranquilizou, enfatizando que, muitas vezes, as crianças não desenvolvem deformidades faciais visíveis após o tratamento adequado. “É importante que os pais procurem um oftalmopediatra diante de qualquer alteração ocular, para garantir exames adequados e iniciar o tratamento, se necessário,” finalizou.

Por: Mayara Silva

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