Ufba cria sistema de cotas para mestrado e doutorado

Campus da UFBA em Salvador. Foto: Divulgação.
Campus da UFBA em Salvador. Foto: Divulgação.

Negros e pardos, quilombolas, indígenas, pessoas com deficiência e trans (transgêneros, transexuais e travestis) terão chance de entrar nos cursos de pós-graduação da Universidade Federal da Bahia (Ufba) por meio do sistema de cotas. A resolução, aprovada na última quarta-feira, é válida a partir do segundo semestre de 2017. A definição garante 30% das vagas de todos os cursos de pós-graduação stricto sensu para negros e pardos.

As outras minorias sociais contarão com abertura de uma vaga extra a mais, em relação ao total ofertado nos cursos. “Isso significa que, caso abram 10 vagas em um edital, três serão para negros e serão criadas uma 11ª para indígenas, 12ª para quilombolas, e assim por diante”, explicou o coordenador de ensino de pós-graduação, Ronaldo Lopes Oliveira.

Com a iniciativa, a Ufba se torna a primeira do país a incluir nas cotas cidadãos quilombolas e trans. “A expectativa é que a universidade possa refletir a sociedade na qual está inserida. Queremos que se torne um exemplo, um norte em que as pessoas possam se espelhar. Inclusão é essencial”, disse Oliveira.

Para concorrer a essas vagas, o interessado deve se autoafirmar como “minoria social” no formulário de inscrição. Caso passem, negros e trans devem se autoafirmar novamente na matrícula. Dos indígenas será requerido o Registro Administrativo de Nascimento de Indígena (Rani), da Fundação Nacional do Índio (Funai). Quilombolas devem ter documento de origem do Instituto Palmares ou do líder quilombola, e deficientes físicos devem ter em mãos o laudo médico.

 

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