O vereador Valdomiro Galdino – conhecido por “Dinoite” (PT), de 59 anos, do município de Mutuípe, está sendo acusado de assédio e estupro pela oposição na Câmara Municipal por ter um filho com uma menina que acabou de completar 14 anos. Galdino atualmente mora com a família da adolescente e diz que a população do município vê a situação como ‘uma coisa bonita’.
“Nunca vi mulher estuprada morar com o estuprador e estar com o filho na rua. Estou morando com uma menina de 14 anos e isso não é mais segredo para ninguém. É minha mulher mesmo, está comigo onde eu estou”, confirma o vereador.
Para a legislação brasileira (Lei nº 12.015 /2009), manter relações sexuais com uma criança é crime de violência sexual presumida, quando praticado contra menores de 14 anos, alienados mentais ou contra pessoas que não puderem oferecer resistência. Ainda neste caso, o ato pode também ser classificado como pedofilia.
Em entrevista para a Rádio Recôncavo FM, o acusado, que já foi intimado pela delegacia de Mutuípe, mas teve o prazo para dar depoimento prorrogado, afirmou que “as denúncias foram feitas por vingança política”. Quando o relacionamento começou a ficar mais firme, o vereador diz que pediu a autorização da família para namorar a adolescente, que no momento tinha apenas 13 anos de idade.
“Foi um erro que se transformou em um bem. Os familiares dela me abraçam. Para ficar com ela, eu falei com o pai e a mãe. Corri o risco pela idade, mas a peguei como minha mulher. Depois que eu firmei com ela, falei: para eu te aceitar, vou ter que antes falar com seus pais”, complementou.
O prazo para depor na delegacia termina nesta quinta-feira (4). A menina nunca depôs nem passou pelo exame de corpo delito. O vereador ainda explicou que não casou com a adolescente para não parecer que foi uma resposta às denúncias feitas contra ele. “Quando ela completou 14 anos, tinha juiz que já fazia o casamento. Não quis casar para não parecer que foi por causa da denúncia”, justificou. O bebê nasceu há 14 dias, e, segundo Galdino, eles são uma “família feliz”.