Volta da CPMF representa mais impostos para os brasileiros

Gutemberg Barros, advogado tributarista
Foto: Divulgação
Gutemberg Barros, advogado tributarista Foto: Divulgação

A crise econômica que assola o Brasil está afetando a população, principal vítima das inflações. Hoje, com o cenário de incertezas e estagnação do mercado de trabalho, o brasileiro tem de se adequar à alta de preços e às mudanças orçamentárias. Esta semana, o governo anunciou que irá propor oficialmente o retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), mas o advogado tributarista baiano, Gutemberg Barros, avalia a ação como um retrocesso.

“Essa manobra do governo é péssima para a sociedade, que já paga muitos impostos. Além disso, o Brasil possui a maior carga tributária do mundo”, explica o Barros, destacando que a gestão também anunciou um corte de gastos no total de R$ 26 milhões. Esse valor será resgatado em medidas como adiamento de reajuste aos servidores e redução de ministérios e cargos.

Gutemberg Barros conta que, segundo o governo, “a volta da CPMF vai ser responsável por metade do ajuste nas contas públicas de 2016, que é de R$ 64,9 bilhões”. A ideia é que o povo pague um novo imposto nas transações bancárias para financiar os gastos da Previdência Social.

Hoje, o brasileiro trabalha 151 dias, ou o equivalente a cinco meses, somente para quitar a dívida que tem com o governo. “Esse débito é correspondente aos impostos, taxas e contribuições aos cofres públicos. Agora, querem empurrar mais impostos para a gente. O que nos resta é torcer para a CPMF não voltar e, enquanto houver crise, devemos avaliar os nossos gastos ”, finaliza.

Outras Notícias