Pesquisadores do Instituto Carlos Chagas, da Fiocruz do Paraná, confirmaram a capacidade do Zika vírus de atravessar a placenta de grávidas. O resultado da pesquisa foi divulgado nesta quarta-feira (20). Os cientistas disseram que encontraram traços de DNA do vírus em amostra de tecido de uma mulher que teve a gravidez interrompida.
A gestante, que não foi identificada, vive no Nordeste, apresentou sintomas compatíveis com o Zika vírus semanas antes de sofrer um “aborto retido”, quando o feto para de se desenvolver no útero.
“Este resultado confirma de modo inequívoco a transmissão intrauterina do Zika vírus”, declara o Instituto Carlos Chagas por meio de um comunicado. Os pesquisadores acreditam que a transmissão ocorre através das “células de Hofbauer”, um tipo de célula do sistema imune, que defende o organismo.
A suspeita é que as células estão capturando o Zika, mas acabam sendo absorvidas pela placenta. Contudo, essa tese ainda não foi confirmada. A pesquisa foi liderada pela virologista Cláudia Nunes Duarte dos Santos.
Do site do jornal A Tarde.