A cidade de Santo Antonio de Jesus recebeu na tarde desta quinta-feira (7), a 10ª edição da Assembleia Itinerante, promovida pela Assembleia Legislativa da Bahia. Trabalhadores e estudantes aproveitaram a presença dos representantes do legislativo baiano para protestar.
Com faixas, cartazes e gritos de ordem, funcionários terceirizados ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza do Estado da Bahia (Sindilimp), seccional Recôncavo, reclamavam de atraso no pagamento dos salários e de outros benefícios.
Auxiliar de serviços gerais, merendeiras, porteiros são alguns dos profissionais que estão braços cruzados desde a primeira quinzena de abril, de acordo com Manoel Neres, diretor do Sindilimp na região.
“Eles estão com dois meses de salários atrasados e desde janeiro não recebem vale alimentação. FGTS e INSS não estão sendo recolhidos nas devidas contas. Já tivemos várias reuniões entre a direção do sindicato e a secretaria de Educação e eles sempre dando prazos, mas até hoje não regularizou”, disse.
Os trabalhadores prestam serviço para as empresas Sandes, HD, C&C e Contrate. “Categorias param para cobrar ajustes nos salários e nós resolvemos parar porque trabalhamos e não estamos recebendo”, salientou Neres.
Estudantes do Centro Educacional Profissional do Recôncavo (CETEP), onde a Assembleia Itinerante foi realizada, também bradaram com cartazes nas mãos fazendo coro aos terceirizados, já que a interrupção dos serviços tem afetado os alunos.
“Escravidão disfarçada de terceirização. Pelos salários das tias!”, dizia o cartaz exibido por Carlos Tailan, estudante do 4º ano de Agropecuária. “Muitos trabalhadores estão vivendo em condições desumanas porque não estão recebendo e isso é um absurdo. A gente também quer melhoria na educação. A nossa escola não tem merenda, eles cortaram o fornecimento”, disse o estudante.
O deputado Carlos Geilson, em seu discurso, falou sobre a situação dos terceirizados. “Pior do que contratar terceirizados, é não pagar. O PT a cada dia se mostra mais incongruente e incoerente. Contratam terceirizados e, fazem deles escravos, pois não pagam seus salários. Esses homens e mulheres têm contas a pagar, e eles estão aqui esperando que os deputados governistas levem esse apelo ao governador”, disse.