Assembleia Legislativa lança perfis biográficos do sambista Walmir Lima e de Paulo Maracajá

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Com uma plateia formada por admiradores da música e do futebol baiano, a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) lançou, na tarde desta quarta-feira (18), no saguão Deputado Nestor Duarte, os perfis biográficos do sambista Walmir Lima e do ex-dirigente do Esporte Clube Bahia, Paulo Maracajá. Intituladas “Walmir Lima – Um bamba da Bahia” e “Paulo Maracajá – o conquistador de títulos”, as obras compõem a Coleção Gente da Bahia, do programa Alba Cultural.

Autor de sucessos que marcaram a história do samba na Bahia, Walmir Lima teve seu perfil escrito pelo jornalista e escritor José Carlos Teixeira, declaradamente fã do sambista e do gênero musical. “A história de Walmir é também um recorte da história do samba da Bahia, da cidade do Salvador, um recorte da nossa história que precisa ser resgatada”, lembrou o autor, cujo trabalho foi organizar e reproduzir lembranças do biografado, a partir de entrevistas feitas, entre novembro de 2017 e julho de 2018.

Teixeira lamentou a falta de reconhecimento dos músicos tradicionais baianos, em comparação aos do Rio de Janeiro, que são abordados na rua e os jovens conhecem suas obras. “Mas está aí Walmir, aos 92 anos, ainda produzindo, com suas músicas gravadas, temos o seu sucesso que virou o hino da Lavagem do Bonfim, mas quem o reconhece na rua? Por isso, a importância dessa coleção, para resgatar os personagens da nossa história”, frisou.

Animado ao receber a homenagem da Alba, Walmir Lima relatou um pouco da sua história como filho de músico santo-amarense, sambista, amigo e parceiro de Batatinha, com quem ganhou o 1º Festival Oficial do Carnaval da Bahia, das suas composições famosas, a exemplo de Ilha de Maré, gravada por diversos intérpretes, inclusive por Alcione. Não só falou, mas também cantou algumas delas, com o coro feliz dos presentes, entre eles o também sambista Edil Pacheco. “O meu fraco é o samba, sempre foi. Tenho o samba nas veias”, afirmou.

MARACAJÁ

Autora da biografia de Paulo Maracajá, em parceria com o cronista esportivo Edson Almeida, a jornalista Gabriela de Paula falou do mergulho na trajetória do biografado, a convite do historiador Francisco Sena, coordenador do trabalho e prefaciador do livro. “Para mim, foi uma experiência transformadora e eu queria que vocês tivessem a oportunidade de ler. Tem uma série de conquistas muito importantes, destaques que o futebol baiano recebe, no Brasil e no mundo, a partir do que foi feito na gestão de Maracajá, e isso, mesmo quem é rubro-negro, tem que reconhecer sua importância”, afirmou.

Anfitrião do evento, o presidente Adolfo Menezes reverenciou a trajetória de Walmir Lima e Paulo Maracajá, saudou seus amigos e familiares e reafirmou a honra de prosseguir com o projeto editorial da Casa, iniciado em 1998, e “que, apesar da pandemia, já conta com 51 livros, publicações que mostram os talentos da Bahia e diversas personalidades no campo da música, da arte e da cultura”.

Como não poderia deixar de ser, a tarde terminou em festa, com o grupo Samba da Democracia – formado por Pedrão Habib, Dudu Reis, Rafael Belota e Predileto – que tocou clássicos dos sambistas baianos, a exemplo de Batatinha, Riachão, Edil Pacheco, Ederaldo Gentil e, sobretudo, do homenageado Walmir Lima.

 

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