Bahia é estado com maior risco de volta da poliomielite

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Isso porque 63 cidades do estado não chegaram a vacinar no ano de 2017 nem metade das crianças que compõem o público-alvo da imunização (Foto: Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia/Divulgação)

Segundo informações do Ministério da Saúde, a Bahia é o estado brasileiro com maior risco de retorno da poliomelite (paralisia infantil), isso porque, conforme o órgão, 63 cidades do estado não chegaram a vacinar no ano de 2017 nem metade das crianças que compõem o público-alvo da imunização. O último caso da doença no estado foi registrado no final da década de 80, mas, como o vírus ainda circula no mundo, pode haver o risco de contaminação. Em todo o Brasil, conforme o Ministério da Saúde, 312 municípios estão com baixa cobertura para a vacina contra a poliomelite.

O município baiano de Ribeira do Pombal, a cerca de 300 km de Salvador, foi o que registrou o menor índice de imunização do país em 2017 em crianças menores de 1 anos. Apenas 0,50% foram vacinadas. A poliomielite é transmitida pelo Poliovírus, que pode estar na água ou alimentos contaminados. O vírus destrói as células da medula espinhal, levando à perda de massa muscular e à paralisia. Atualmente, o poliovírus circula em três países: Afeganistão, Paquistão e Nigéria. “A vacinação precisa ser feita nas crianças de dois, quatro e seis meses, com reforço aos 15 meses, e dentro dos quatro aos seis anos de vida”, explica a neuropediatra Cecília Almeida Araújo.

A Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (Sesab) diz que, por não conviver mais com a doença, as pessoas têm a falsa sensação de proteção. O órgão destaca que está montando uma estratégia para imunizar o maior número de pessoas. “A ideia é criar estratégias alternativas de vacinação para atingir a população não vacinada. Sair daquela ação passiva de ficar apenas aguardando a população dentro da unidade para tomar vacina e ir buscar os não vacinados na sua comunidade”, afirma o coordenador do programa de imunizações da Sesab, Ramon Saavedra.

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