Cantora Gabi Moraes leva sofrência aos foliões feirenses -feira quinta

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A Micareta de Feira é caracterizada pelos artistas como ‘diferenciada’. Esse título não é só sobre a diversidade de público e espaços, mas também pode ser atribuído pela diversidade de gêneros musicais na folia. Exemplo disso é a cantora Gabi Moraes, que arrasta uma multidão de foliões com o seu arrochanejo.

Ela, que se apresenta nesta quinta-feira (18), primeiro dia oficial de folia, destaca alguns dos inúmeros momentos marcantes que viveu durante suas apresentações na Micareta de Feira de Santana.

“Um momento marcante na Micareta foi quando eu chamei um repórter chamado Reginaldo Júnior, da TV Geral, para dançar (risos). É difícil escolher apenas um momento marcante, porque foram muitos. Por exemplo, ano passado, o trio de Ivete quebrou na frente do meu e quando a gente passa naquele portal do início do percurso, a banda não pode parar. Acontece que o trio de Ivete quebrou e eu fiquei parada no meio do portal, metade do trio para dentro do percurso e outra metade para fora, cantando muito tempo ali, enquanto Ivete, parecendo um furacão, levava todo mundo. Foi muito marcante, só de estar ali no mesmo espaço, no mesmo momento, com atração tão grande como ela, foi marcante para mim”, celebra.

A artista ressalta que as redes sociais podem ser importantes recursos na composição do repertório e também uma espécie de ‘termômetro’ que diz qual das canções podem embalar mais os foliões fãs da dita sofrência musical.

“As pessoas que veem aquele show naquele momento não têm noção do quanto a gente batalha, preparação de banda, de repertório, de muitas coisas, porque a gente não quer chegar lá de qualquer jeito, queremos chegar grande, apesar de sermos artistas da cidade, queremos mostrar a qualidade do nosso trabalho. Ano passado eu tive uma resposta muito grande na rede social (TIKTOK), as músicas ‘Meu cancelado’ e ‘Você foi cruel” cresceram bastante lá; no circuito teve uma multidão cantando e foi uma sensação muito louca. Eu amo fazer o trio e amo fazer a Micareta de Feira de Santana”, diz.

Sementes

Com tantos talentos da Princesa do sertão, Feira pode ser considerada um solo fértil para muitos artistas, sendo a Micareta uma das maiores incubadoras para a classe. Gabi Moraes conta como começou a fundir dois distintos dons artísticos resultando nas suas composições.

“Eu sou uma feirense, cantora, compositora e comecei na música porque desde criança dizia que queria ser artista. Eu era muito boa de poesia e um tio meu que toca muito bem violão, tio Marquinhos (abraço para ele), começou a me ensinar um pouco do instrumento. Foi então que comecei a transformar minhas poesias em músicas, comecei a compor e gostar daquele meio. Fui para Salvador e foi daí que realmente montei uma banda e comecei a fazer show e senti que aquele ali era o espaço que eu queria estar. Foi uma sensação incrível, eu lá com o meu chapéu, levando o arrochanejo, um estilo que eu sempre defendi isso e foi assim lá em 2013.”

De acordo com a compositora, a Micareta de Feira é uma grande realização profissional. “Quando eu era criança e via os trios passarem com aqueles artistas lá, eu olhava e dizia que um dia estaria lá, então a primeira Micareta para mim foi a abertura de um portal”.

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