O suspeito pela morte da técnica da enfermeira Tatiane Santana Peixoto, de 41 anos, foi preso nesta terça-feira (30), em Feira de Santana. O crime aconteceu na semana passada, em Águas Claras, Salvador. Júlio Cesar Lima França, que era companheiro da vítima, teve o mandado de prisão temporária cumprido, passou por exame de corpo de delito e está preso no Complexo Policial do Sobradinho, à disposição da Justiça.
O advogado Bender Nascimento apresentou Júlio César Lima França e informou que o suspeito foi trazido a Feira de Santana logo após o homicídio em sua residência, onde sua esposa foi assassinada. “O Júlio foi apresentado na cidade de Feira de Santana porque logo após esse fatídico evento que ocorreu em sua residência, do qual a sua esposa foi assassinada, ele deslocou essa Feira de Santana onde tem familiares e aqui permaneceu tentando fazer apresentação perante as autoridades policiais”, informou.
Quanto à acusação contra ele, Júlio, conforme um laudo apresentado por familiares à autoridade policial, sofre de esquizofrenia há cerca de sete anos e afirmou não se lembrar do ocorrido. “Após receber um laudo fornecido pelos familiares e entregue à autoridade policial responsável pelo caso, ficou estabelecido que Júlio César Lima França foi levado à cidade de Feira de Santana. Ele foi ouvido pelas autoridades e, possivelmente, já foi encaminhado ao tribunal que ordenou sua prisão. Júlio enfrenta problemas psicológicos, sofrendo de esquizofrenia há aproximadamente sete anos, o que o levou a declarar que não se lembra dos eventos ocorridos. Como resultado, ele optou por permanecer em silêncio, utilizando-se do direito à não autoincriminação, especialmente porque afirma não ter recordações dos acontecimentos”, declarou.
Entretanto, uma irmã da vítima declarou à imprensa que Júlio teria ameaçado matá-la. “Naquele dia, uma irmã da técnica de enfermagem disse à imprensa que Júlio teria se ajoelhado diante dela e da mãe e havia prometido matar esse companheiro e depois se matar. Eu li e recebi com bastante estranheza a tal declaração, mas é aquele brocardo jurídico: o alegado deve ser provado, já que a boa fé se presume e a má fé tem que ser provada, caso realmente sejam trazidos. Algumas provas, alguns indícios dessa situação, irão agravar a conduta delituosa atribuída ao meu constituinte.”
Quanto às próximas etapas, o advogado informou que, já imaginando existir alguma ordem de prisão contra ele, não esperou ser procurado pela polícia, se apresentou espontaneamente, ainda que tivesse em domicílio, ele se colocou à disposição da justiça. “A autoridade competente que o ouviu, a doutora Claudine, bastante solista, o encaminhou para a realização do competente exame, o exame de lesões corporais, o exame de corpo de delito, onde provavelmente será comunicada ainda na data de hoje a prisão de Júlio César. Eu acredito que o juízo, lá da comarca de Salvador, irá proceder à realização da audiência de custódia. Avaliando todas as provas e evidências trazidas pela defesa e verificando a necessidade ou não da segregação cautelar do mesmo”.
Com informações: Carlos Valadares
Por: Mayara Silva
