Caso Mariele joga luz sobre milícia em alta

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A denúncia contra o ex-PM Orlando de Araújo, apontado por uma testemunha como envolvido na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, tornou famoso um nome já conhecido pela polícia. Ele é investigado por supostamente comandar uma milícia violenta, que se expande por Jacarepaguá, zona oeste do Rio. Também enfrenta suspeitas por três homicídios participação no jogo do bicho e na máfia dos caça-níqueis. A defesa diz que ele é inocente. A quadrilha extorque dinheiro por meio de cobranças ilegais relacionadas a serviços que controla, conforme apuração do Ministério Público e da Polícia Civil. O grupo ganha força em Curicica, bairro que serve de apelido ao ex-PM, Taquara, Freguesia e Praça Seca, além da comunidade do Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes, Vargem Grande e Vargem Pequena, na zona oeste carioca. Um dos homicídios em que Araújo é suspeito teve como vítima um colaborador do vereador Marcello Siciliano (PHS), também apontado como mandante da morte de Marielle. Carlos Alexandre Pereira, o Cabeça, tinha prestado depoimento sobre o caso Marielle. Foi encontrado com marcas de tiros dentro de um carro na Taquara na noite de 8 de abril, 25 dias após a execução da vereadora. Há a suspeita de que teria sido queima de arquivo. Testemunhas afirmaram que um dos atiradores gritou: “A gente tem de calar a boca dele”. Segundo a defesa, a inclusão do ex-PM no inquérito deve-se ao fato de o assassino, supostamente, ter dito “manda um alô pro Curicica”. (Estadão Conteúdo)

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