Cerca de 16% dos baianos possuem alguma deficiência

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Conforme dados do IBGE, no Brasil, mais de 45,6 milhões de pessoas declaram ter algum tipo de deficiência. O número representa 23,9% da população do país. A deficiência visual foi a que mais apareceu entre as respostas dos entrevistados e chegou a 35,7 milhões de pessoas.

A deficiência motora está como a segunda mais relatada pela população: mais de 13,2 milhões de pessoas afirmaram ter algum grau do problema, o que equivale a 7% dos brasileiros. Cerca de 9,7 milhões afirmam ter deficiência auditiva (5,1%). A deficiência mental ou intelectual foi declarada por mais de 2,6 milhões de brasileiros. Na Bahia, os números também são alarmantes, cerca de 16% da população é deficiente.

“Hoje no estado, temos 16% da população sofrendo de algum tipo de deficiência, esse número há uns anos atrás representava 10%, mas tem crescido”, conta Luiza Maia, presidente da Associação Baiana dos Deficientes Físicos (Abadef), ao jornal Tribuna da Bahia.

Ainda conforme Maia, os tipos mais comuns de deficiência encontrados hoje são os que envolvem a medula, como a paraplegia e a tetraplegia. “No atual momento, as deficiências estão sendo causadas pela violência, antes eram pelas doenças, mas isso mudou. Violência doméstica, no trânsito, nas ruas, tudo isso tem causado um aumento muito grande de lesões medulares, ou a pessoa é paraplégica, tetraplégica ou sofre a amputação de algum membro,” revela.

Mesmo diante dos avanços, a presidente Abadef ainda vê o preconceito como a maior das dificuldades enfrentadas. “Para mim ainda é o preconceito. Por que ele inibe, isola o portador de deficiência. Principalmente aqueles que não têm condições financeiras, eles se quer sabem que têm direitos. É o preconceito que arrasta para as outras dificuldades. O deficiente não tem o direito de ir e vir, por que não tem transporte, não tem acessibilidade. As escolas públicas não têm preparo para receber um aluno com deficiência, e o que isso faz? Afasta! Cerca de 7% das crianças fora da sala de aula são deficientes,” afirma.

Semana Cultural

Será realizada entre os dias 21 a 27 de setembro, em Salvador, a I Semana Cultural Acessível, que promoverá uma série de atividades de cunho artístico-cultural e formativo com objetivo de promover maior visibilidade e inclusão de pessoas com deficiência. O evento acontece no Espaço Xisto Bahia, na Rua General Labatut, no bairro dos Barris.

Durante os sete dias de atividades, pessoas com deficiências motoras, deficientes auditivos, deficientes visuais, jovens com paralisia cerebral, portadores de síndrome de Down e diversos outros perfis apresentarão atividades artísticas e acadêmicas. Os participantes poderão também ampliar seus conhecimentos em oficinas formativas e debates.

Com informações do site do jornal Tribuna da Bahia

Imagem de capa extraída do site Capital Teresina.

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