CGU revisa sigilos e vê indício de uso do Estado nas eleições de 2022

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Um balanço da Controladoria-Geral da União (CGU) que revisou sigilos impostos pelo governo Jair Bolsonaro (PL) indica o uso da máquina pública nas eleições presidenciais de 2022, de acordo com publicação feita pela Folha de S. Paulo. A pasta reavaliou 254 processos de sigilo da administração bolsonarista, e determinou a abertura das informações na maior parte dos casos, relacionados desde a segurança nacional até a dados pessoais do ex-presidente da República.

Os dados que a CGU mandou divulgar este ano mostram que a liberação de empréstimos consignados do Auxílio Brasil aconteceu, em sua maior parte, em outubro, mês das eleições. Esse é um dos argumentos usados em ações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pedem que Bolsonaro se torne inelegível por abuso de poder.

Além disso, informações que se tornaram públicas revelam despesas do cartão corporativo para o abastecimento em postos de combustível nas datas das motociatas. Revelam ainda indícios de ação da Polícia Rodoviária Federal durante o segundo turno em estados que o então candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, havia sido mais votado na primeira etapa das eleições.

Desde fevereiro, a Corregedoria determinou a abertura das informações de 112 pedidos via LAI (Lei de Acesso à Informação) relativos à segurança nacional, 38 relacionados à proteção de Bolsonaro e seus familiares, 51 dados e informações pessoais e outros 15 relacionados a atividades de inteligência, totalizando 216 processos de sigilo abertos.

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