Eleição presidencial na Bolívia deve ter segundo turno

Bolívia

Evo Morales deverá enfrentar pela primeira vez um segundo turno em uma disputa pela presidência da Bolívia. Com 83,76% dos votos, da eleição ontem (20) apurados, o presidente, que pertence ao Movimiento Al Socialismo (MAS), aparece com 2.256.603 de votos (45,28%) enquanto o segundo colocado, o ex-presidente Carlos Mesa, candidato do Comunidad Ciudadana (CC), tem 1.901.891 (38,16%).

Durante a noite, o Tribunal Superior Eleitoral boliviano interrompeu a divulgação dos dados com a apuração das eleições, o que gerou críticas de observadores internacionais. A Organização dos Estados Americanos (OEA) questionou o atraso.

Em uma rede social, o Itamaraty divulgou uma nota em que diz que “o Brasil acompanha com atenção o 1º turno da eleição na Bolívia” e que “preocupa muito a interrupção imprevista da apuração”. Também em uma rede social, Mesa escreveu sobre a interrupção da divulgação: “É a vergonha de um instrumento servil para o governo. Vamos defender o voto dos cidadãos antes da tentativa de pular o segundo turno”, disse.

Para vencer a disputa já no primeiro turno, Morales teria que conseguir 50% dos votos válidos mais um ou 40%, mas com pelo menos dez pontos a mais do que o segundo colocado.

Segundo o Órgão Eleitoral Plurinacional da Bolívia, o índice de comparecimento às urnas foi de 89,62%. Com 83,76% dos votos apurados, a eleição tinha ainda 73.403 votos em branco (1,4%) e 182.569 nulos (3,48%).

O segundo turno das eleições presidenciais bolivianas será no dia 15 de dezembro.

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