O cenário eleitoral em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, deverá acompanhar a polarização política nacional, com candidaturas disputando a atenção e o voto de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e do atual mandatário, o petista Lula.
A filiação do vereador Tenóbio ao Partido Liberal (PL) e o anúncio da sua pré-candidatura à prefeito, com apoio de figurões da direita como o presidente da legenda no estado, João Roma, o deputado federal Capitão Alden, os estaduais Leandro de Jesus e Diego Castro entre outros acirra a disputa e preocupa os aliados da atual gestão no município.
“Nossa pré-candidatura é o atendimento da vontade de uma grande parcela da população que anseia por mudanças urgentes. O modelo de gestão adotado há mais de duas décadas em nossa cidade se mostrou desastroso e os problemas só têm aumentado ano após ano. Estamos dialogando com todos do grupo de oposição, mas nossa intenção é mesmo de disputar as eleições e representar os que se opõem ao PT e as ideologias de esquerda” afirmou Tenóbio.
O vereador destaca ainda que dentre as opções da oposição, ele é o único que nunca fez parte ou aliança com a esquerda, o partido dos trabalhadores, muito menos com a atual prefeita. “Lauro precisa de uma mudança de verdade, de alguém de confiança que nunca contribuiu direta ou indiretamente com o projeto petista”, concluiu.
Na oposição, outros dois nomes também são cotados para a disputa: a vereadora Débora Régis e o empresário e presidente do União Brasil no município, Teobaldo Costa. Ambos já foram aliados da atual gestão em outros tempos.
Já do lado da base, a situação parece estar mais bagunçada, com pelo menos sete pré-candidaturas anunciadas para ocupar a cadeira do executivo como sucessor de Moema Gramacho. Entre os nomes cogitados estão os secretários Ailton Florêncio (Administração), Antonio Rosalvo (Sedur), Augusto Cézar (Saúde) e Alexandre Marques (Semarh), o tenente coronel da PM Fabricio, Leila (atual chefe de gabinete da prefeita) e a presidente da Câmara de Vereadores Naide Brito.
Nos grupos de conversa, a indefinição na base demonstra a preocupação da atual gestão com a ascensão da oposição, em especial com aumento da rejeição a Moema, apontada em algumas pesquisas.