Enem dos próximos anos poderá sofrer mudanças

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Nas 63 universidades federais do país, a prova é usada como parte ou como todo o processo seletivo. Ainda é critério para acesso às bolsas do ProUni e do Fies (Foto: Reprodução)
A edição do Enem de 2018 já deve ser um pouco diferente. (Foto: Reprodução)

Desde a semana passada, o anúncio de que o ensino médio vai mudar, feito pelo governo federal, tem deixado os estudantes com muitas incertezas — e não só de quem está em alguma das três séries do ciclo. Mais do que a polêmica mudança nos conteúdos, a reforma significa novidades na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo o Ministério da Educação (MEC), a edição deste ano, que acontece nos dias 5 e 6 de novembro, não sofrerá nenhuma alteração. Mas, após o período de adaptação, que inclui 2017, a edição do Enem de 2018 já deve ser um pouco diferente. O MEC ainda estuda as possibilidades e, de acordo com a secretária-executiva da pasta, Maria Helena Guimarães Castro, uma delas é de que exista uma prova nacional seguida de outra avaliação “de aprofundamento” na área do curso escolhido.

O nem 2017 modificações no Exame, pois após três meses na presidência do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela realização do Exame Nacional do Ensino Médio, Enem, a educadora Maria Inês Fini faz planos para mudar o exame, mas ainda não anuncia quais serão as novas medidas. Segundo a docente e doutora em educação, que passa pela segunda vez pelo órgão, diz que a prova nunca foi planejada como vestibular nacional e fará proposição de alterações para ele. “Se o nosso ministro concordar, já em 2017 teremos alguma mudança”, disse a presidente do Inep.

Segundo a professora, o Brasil para por um grande movimento de mudança do ensino médio. O Enem nunca foi planejado como política pública para ser vestibular nacional. Ele foi planejado para ser uma avaliação dos alunos ao final da escolaridade básica, que termina no ensino médio. Segundo ela, a partir de 2009, o Exame perdeu essa característica e ganha as do exame vestibular nacional. Nesse momento, o Brasil discute o projeto de lei, já bastante amadurecido, acerca de uma nova arquitetura para o ensino médio. Então há toda uma flexibilização no currículo e há um impacto da base nacional curricular comum também. Então toda essa movimentação, que o Inep acompanha com bastante celeridade, seguramente vai impactar como uma nova referência da avaliação do ensino médio. Se o nosso ministro concordar, e ele parece aprovar a ideia, já em 2017 teremos alguma mudança. Sem que o exame perca todas as possibilidades de associar a ele as vantagens que vem sendo atribuídas para os jovens, como Sisu, Prouni e Fies.

 

(*Do Portal Enem)

 

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