Ex-aluno mata adolescente com mais de dez tiros no rosto em escola de Goiás

O preso poderá ser indiciado por feminicídio dependendo do grau do envolvimento entre o ele e a vítima, além da motivação do crime. (Foto: Facebook/Reprodução)
O preso poderá ser indiciado por feminicídio dependendo do grau do envolvimento entre o ele e a vítima, além da motivação do crime. (Foto: Facebook/Reprodução)
O preso poderá ser indiciado por feminicídio dependendo do grau do envolvimento entre o ele e a vítima, além da motivação do crime. (Foto: Facebook/Reprodução)

A estudante Raphaella Noviski, de 16 anos, foi morta com mais de dez tiros no rosto dentro do Colégio Estadual 13 de Maio, em Alexânia, Goiás, por volta das 8h15 da manhã desta segunda-feira (6). O autor do crime, Misael Pereira de Olair, de 19 anos, foi preso em flagrante. A motivação para o assassinato ainda não está clara. A delegada Rafaela Azzi conta que o ex-aluno entrou no prédio e foi ao encontro da vítima. Segundo a policial, o assassino usou um revólver calibre 32 para fazer os disparos, mas também portava uma grande faca, do tipo de pescador, e usava uma máscara que cobria seu rosto. Ele não tem passagens pela polícia.

A delegada disse ainda que o preso poderá ser indiciado por feminicídio dependendo do grau do envolvimento entre o ele e a vítima, além da motivação do crime. O assassinato de uma mulher é considerado feminicídio quando a vítima é morta por ser mulher. Como, por exemplo, quando um homem mata uma ex-namorada por ciúmes ou após ser rejeitado. A tipificação de feminicídio entrou para a legislação no Brasil em 2015.

“O jovem entrou primeiro numa sala de aula, onde não a encontrou, e foi para outra. Todos os disparos foram direcionados no rosto dela. Aproximadamente 11. Tudo indica que foi um crime passional. Ele foi autuado em flagrante e está preso na delegacia, onde ainda será ouvido”, afirmou a delegada. Na delegacia, ele disse que tentou presenteá-la no ano passado, mas não conseguiu. Não sabemos se foi porque ela não quis ou se ele desistiu.

Ainda de acordo com a delegada, o autor dos disparos não demonstrou arrependimento. Segundo Azzi, uma pessoa estaria em frente à escola para ajudá-lo a escapar. Ainda não se sabe, porém, se esse amigo da família do jovem, “um senhor de idade”, conforme afirmou a delegada, é cúmplice do crime, ou se apenas estava ali naquele momento sem saber o que fez o criminoso.

“O jovem não se indispôs com mais ninguém. Ele não conversou com ninguém. À medida que encontrou a moça, efetuou vários disparos e recarregou a arma. Depois pediu carona para esse amigo dele”, contou Azzi, a quem o jovem teria dito: “Eu odeio essa menina”. O jovem disse, de acordo com a delegada, que não teve um relacionamento amoroso com a vítima, apenas tentou dar um presente para ela. Ainda nesta segunda-feira, ele vai para o presídio de Alexânia, na cadeia pública. O Instituto Médico Legal (IML) já foi acionado para recolher o corpo.

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