O Fórum Desembargador Filinto Bastos, em Feira de Santana, está passando por uma grande reforma no prédio, mas a estrutura de funcionamento do Judiciário na Princesa do Sertão continua sendo considerado muito ruim. “Feira, hoje, carece de 35 juízes, pela sua importância populacional e complexidade de processos”, avalia o advogado Vitalmiro Cunha, ex-presidente da seção feirense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Já o advogado Ronaldo Mendes sentencia que “há muito tempo que a Justiça em Feira anda à beira do colapso”,levando-se em conta a carência de juízes e serventuários. “A 7ª Vara Cível, por exemplo, há mais de um ano está sem juiz, o que demonstra a falta da alta cúpula da Justiça para com a segunda comarca do Estado”, acrescenta.
“O Tribunal de Justiça da Bahia nunca respeitou Feira de Santana, temos representantes fracos e sem expressividade e por isso aqui a Justiça é tão precária”, protesta o advogado Alexandre Brandão. “O quadro atual é de desalento. Não se tem realizado concursos para suprir a demanda sempre crescente. Penso que estamos prestes a sofrer um colapso nos próximos três anos, com a aposentadoria dos servidores mais antigos”, analisa o advogado Eduardo Brandão.
O Olá Bahia enviou um e-mail, há uma semana, para a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça da Bahia, para saber da posição da instituição a respeito das afirmações dos advogados, mas até hoje não obteve resposta.