HGE recebeu 35 vítimas de queimaduras; 16 permanecem internadas

Unidade de saúde fica em Salvador e é referência estadual no atendimento a queimados. Foto: Fernando Vivas.
Unidade de saúde fica em Salvador e é referência estadual no atendimento a queimados. Foto: Fernando Vivas.
Unidade de saúde fica em Salvador e é referência estadual no atendimento a queimados. Foto: Fernando Vivas.

Ao todo, 35 pessoas deram entrada no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, no período junino, nos dias 23, 24 e 25. A unidade de saúde é referência do atendimento a pacientes com queimadura no estado. Dos pacientes, 23 foram vítimas de explosão de bombas e 12 sofreram ferimentos causados por fogos de artifício em geral. Dezesseis deles continuam internados. A quantidade é menor do que a registrada em 2016, quando o hospital que abriga o Centro de Tratamento de Queimados, recebeu 43 pacientes.

“Na verdade, os dias do São João são relativamente tranquilos. O que observamos é um aumento nos dias posteriores”, afirma ao Correio 24 Horas o diretor-superintendente do HGE, André Luciano Andrade. Ainda segundo ele, o aumento após o feriado junino ocorre porque quem se machucou prefere continuar na festa e adota, em geral, medidas paliativas inadequadas – como cobrir o ferimento com pasta de dente, manteiga ou borra de café.

“Na semana seguinte ao São João é que começamos a ter mais solicitações, mas aí já com casos de infecção na pele”, explica o diretor. Também conforme Andrade, a principal recomendação no caso de queimadura é apenas lavar o ferimento com água corrente e procurar atendimento em unidades de saúde. “Não se pode colocar pasta de dente ou manteiga porque (essas substâncias) propiciam o aparecimento de infecções”, declara o dirigente.

Quando o ferimento infecciona, o tratamento prevê a limpeza do local – em alguns casos com uso de anestesia. No vocabulário médico, é o chamado desbridamento, que consiste na remoção de tecidos necrosados aderidos ou de substâncias estranhas no leito da ferida, usando técnicas mecânicas ou químicas. “Às vezes, é necessária mais de uma limpeza no ferimento, quando a lesão atinge a derme (camada abaixo da epiderme), como em queimaduras de segundo grau”, pontua Andrade. O paciente fica internado a depender da extensão e da área lesionada, a exemplo do rosto.

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