Em um ano de cultivo, a Horta Urbana Salvador, localizada na Avenida Paulo VI, na Pituba, já produziu cerca de 1.500 quilos de alimentos, doados para três instituições que atendem a idosos carentes em Salvador. São verduras, como alface, hortelã, couve, couve-flor e brócolis; frutas, a exemplo de maracujá, mamão e melancia; legumes, como abóbora, beterraba, quiabo e jiló; além de plantas medicinais, como boldo, capim-santo, erva-cidreira e babosa.
As hortaliças colhidas pelos voluntários do projeto beneficia 125 idosos, por meio da doação feita aos lares Irmã Maria Luiza, nos Mares; Lar Irmã Lourdes, em Sussuarana e à Casa de Repouso Santa Clara, em Brotas. Para comemorar o ano frutífero, cerca de 60 pessoas, entre voluntários, amigos e familiares participaram de um grande café da manhã, realizado na horta, no último domingo (26), dia em que o projeto completou um ano. O encontro contou com bolo temático, apresentação de violino e distribuição de brindes.
Para Wilson Brandão, idealizador do projeto e morador da comunidade, essa é a primeiro das muitas primaveras que a Horta Urbana há de completar. “Me sinto orgulhoso por tudo que nós fizemos e conseguimos realizar nesse período. Me deixa muito feliz saber que eu posso contar com o mesmo grupo de voluntários desde o início. Muita gente nos procura para fazer visitas, nós já atendemos a estudantes e começamos a ser procurados por clínicas que realizam tratamento psicológico, para que a horta seja utilizada como espécie de terapia”, diz Brandão.
Desde 2016, o projeto conta com o apoio da Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria da Cidade Sustentável e Inovação (Secis). Para a transformação da área de 2,1 mil metros quadrados, que antes era um terreno baldio, o projeto Hortas Urbanas Salvador também contou com o apoio da Secretaria de Manutenção (Seman) e da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), que ajudou a tirar as 50 toneladas de entulho do local. No próximo sábado (2), mais uma horta será criada no Alto do Itaigara.
Modelo
A horta urbana do bairro da Pituba serviu de modelo para a criação de outras estruturas semelhantes no Horto Florestal e em algumas escolas municipais, localizadas nos bairros de Itapuã, Cajazeiras, Paripe e Castelo Branco. Nas escolas, o plantio é feito com a ajuda dos alunos, que aprendem, na prática, alguns conceitos teóricos reproduzidos em sala de aula. O cultivo dos vegetais funciona como prática pedagógica e, ao mesmo tempo, lúdica para os alunos dessas unidades.
