Juíza Gabriela Hardt condena 9 réus e da Operação Lava Jato

. A magistrada foi designada como titular da 13ª Vara Federal de Curitiba após Sérgio Moro pedir exoneração (Reprodução / Ajufe)
. A magistrada foi designada como titular da 13ª Vara Federal de Curitiba após Sérgio Moro pedir exoneração (Reprodução / Ajufe)
. A magistrada foi designada como titular da 13ª Vara Federal de Curitiba após Sérgio Moro pedir exoneração (Reprodução / Ajufe)

A juíza federal substituta, Gabriela Hardt, condenou nove réus em um processo referente à 46ª fase da Operação Lava Jato. Os crimes citados na sentença são corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Entre os condenados estão o ex-diretor da Petroquisa Djalma Rodrigues de Souza, que teve pena estipulada em 12 anos, dois meses e 20 dias de prisão, e ex-gerente-geral da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) Glauco Legatti, condenado a sete anos e dois meses de reclusão. Veja a lista com todos os condenados abaixo.

Hardt é juíza substituta da 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná e assumiu a Lava Jato temporariamente, após a saída de Sérgio Moro para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

De acordo com a sentença, a ação penal apurou o pagamento de propina pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, por meio de contas secretas no exterior, a executivos da Petrobras e da Petroquisa, braço petroquímico da estatal. A denúncia foi aceita em maio deste ano e aponta que os pagamentos indevidos envolvem obras no Complexo Petroquímico Suape, em Pernambuco.

Na sentença, a Hardt diz que é possível chegar à conclusão de que a Odebrecht, por intermédio dos executivos réus no processo, com o auxílio de Olíveio Rodrigues Junior, pagou propina aos executivos da Petrobras Glauco Colepicolo Legatti e Maurício Guedes de Oliveira, e aos executivos da Petroquisa Paulo Cezar Amaro Aquino e Djalma Rodrigues de Souza em dois contratos.

“Resta configurado um crime de corrupção em relação a cada contrato no qual houve acertos de corrupção. Assim, ao final, foram praticados dois crimes de corrupção. O total estimado da vantagem indevida foi de R$ 32.570.000,00”, diz um trecho da sentença.

Veja todos os condenados, as penas e os crimes imputados a eles:

Rogério Santos de Araújo (ex-diretor da Odebrecht) – 9 anos e onze meses de reclusão por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Deve cumprir pena conforme os termos estipulados em delação premiada;
Márcio Faria da Silva (ex-diretor da Odebrecht) – 9 anos e onze meses por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Deve cumprir pena conforme os termos estipulados em delação premiada;
César Ramos Rocha (ex-diretor da Odebrecht) – 5 anos e dez meses de reclusão por lavagem de dinheiro
Olívio Rodrigues Junior ( doleiro, sócio da empresa JR Graco Assessoria e Consultoria Financeira Ltda) – 5 anos e dez meses de reclusão lavagem de dinheiro
Isabel Izquierdo Mendiburo ( representante ou agente do Banco Société Générale no Brasil) – 3 anos e oito meses de reclusão por lavagem de dinheiro
Paulo Cezar Amaro Aquino (Gerente Executivo da área de Abastecimento da Petrobras, vinculado à Petroquímica) – 10 anos, oito meses e dez dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
Djalma Rodrigues de Souza (ex-diretor da Petroquisa) – 12 anos, dois meses e vinte dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
Glauco Colepicolo Legatti (ex-gerente da Petrobras) – 7 anos e seis meses de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
Maurício de Oliveira Guedes (ex-gerente da Petrobras) 9 anos e oito meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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