Justiça nega pedido de prisão a suspeitos de criar pirâmide financeira

Esquema funcionava em todo o país, por meio da internet, e tinha como foco apostas em jogos de futebol (Foto: Reprodução/TV Bahia)
Esquema funcionava em todo o país, por meio da internet, e tinha como foco apostas em jogos de futebol (Foto: Reprodução/TV Bahia)
Esquema funcionava em todo o país, por meio da internet, e tinha como foco apostas em jogos de futebol (Foto: Reprodução/TV Bahia)

A Justiça negou o pedido de prisão preventiva dos dois empresários suspeitos de criar, na cidade de Itabuna, no sul da Bahia, o suposto esquema de pirâmide financeira que pode ter lucrado cerca de R$ 200 milhões, através de aplicativos de apostas esportivas. A informação foi passada ao G1 pelo delegado André Aragão, coordenador regional da Polícia Civil, em Ilhéus, nesta quinta-feira (17). O esquema funcionava em todo o país, por meio da internet, e tinha como foco apostas em jogos de futebol.

Conforme o delegado, a Justiça determinou que os dois empresários sejam mantidos em liberdade, mediante monitoramento eletrônico e apreensão dos passaportes. Como na Bahia não há tornozeleiras, a alternativa apresentada pela Justiça foi o recolhimento domiciliar dos suspeitos. No entanto, os empresários ainda não tiveram o paradeiro descoberto pela polícia e são considerados foragidos.

Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa dos dois empresários, identificados como Danilo Santana, que é fundador da D9 Empreendimentos, e Isaac Albuquerque, da Tips Club. A operação ocorreu no dia 3 de agosto. Os homens também tiveram bens bloqueados pela Justiça.

Esquema

Conforme a polícia, os suspeitos atraíam as vítimas com a promessa de ganhar dinheiro com apostas no jogos, prometendo aos investidores um ganho de 30% sobre os valores aplicados no negócio. Eles foram descobertos, segundo a polícia, porque costumavam ostentar dinheiro e bens.

Entre as vítimas que procuraram a polícia para denunciar o crime, estão moradores de estados como Amapá, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Minas Gerais e São Paulo, além da Bahia. Os investidores ficaram sabendo do golpe após uma reportagem sobre o caso, exibida na edição do domingo (13) do Fantástico. As vítimas contactaram a polícia baiana por telefone para saber o que fazer depois de ter caído no esquema.

De acordo com a polícia, para participar do esquema de apostas, as vítimas acessavam um site e criavam uma conta virtual. Por meio dessa conta, acompanhavam os lucros dos investimentos que faziam. Mas quando os investidores descobriram que não conseguiam sacar o lucro, paravam de investir. No entanto, o dinheiro aplicado já estava com os criadores do esquema.

Conforme a polícia, durante as operações nas casas dos empresários foram apreendidos um drone, um computador usado para armazenar informações bancárias das vítimas, além de um jet ski e uma moto de luxo. O material foi encaminhado para análise.

Fonte: G1 Bahia

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