Levar uma medalha para casa pode custar a saúde do atleta

22 cidades brasileiras receberão monumentos e instalações em homenagem ao período dos jogos e à passagem da chama olímpica (Foto Ilustração)
22 cidades brasileiras receberão monumentos e instalações em homenagem ao período dos jogos e à passagem da chama olímpica (Foto Ilustração)

Para ganhar uma medalha na Olimpíada e em outras competições que exigem alto rendimento, além de muita coragem e força de vontade, o atleta precisa superar muitos desafios. O treinamento diário, nas distintas modalidades, é rigoroso e demanda horas seguidas de dedicação. Mesmo diante de novas técnicas e tecnologias, o corpo acaba sentindo a sobrecarga e chega um momento no qual os limites físicos tornam-se adversários do competidor. Dr. Nabil Ghorayeb, médico especialista em cardiologia do esporte da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), alerta sobre os riscos der ocorrência da chamada “síndrome do excesso de treinamento (SET)”.

A SET pode ser diagnosticada por meio de uma ressonância magnética e precisa ser tratada, porque que as pessoas acometidas podem desenvolver lesões no músculo cardíaco, batimentos cardíacos elevados ou irregulares, mesmo em repouso, um crescimento anormal do tamanho do coração, cansaço exagerado e insônia.

O cardiologista ressalta que essa doença ocorre mais em atletas porque eles treinam com mais frequência e o período de repouso é curto, mas pode acometer praticantes comuns que não procuram orientações de especialistas antes de fazer atividades. “Treinos intensos por longos períodos provocam uma queda da defesa imunológica do organismo, representada pela redução dos glóbulos brancos e dos marcadores da imunidade, os linfócitos chamados CD3. O problema também pode ocorrer em atletas autodidatas que desconheçam as regras do bom treinamento”.

A síndrome pode ser prevenida por meio da orientação de especialistas que acompanham os atletas. O cardiologista ressalta que, no caso dos praticantes amadores,é importante perguntar-se qual a razão para passar dos li mites. Se for para saúde, é totalmente desnecessário, mas, se for para competir, é preciso consultar um profissional do exercício que organize o treinamento sem pôr a saúde em risco.

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