Ministério Público resgata 330 trabalhadores em situação de escravidão

A força-tarefa classificou a situação como de escravidão moderna. Foto: Osvaldo Myles Neto/PRF/Divulgação
A força-tarefa classificou a situação como de escravidão moderna. Foto: Osvaldo Myles Neto/PRF/Divulgação
A força-tarefa classificou a situação como de escravidão moderna. Foto: Osvaldo Myles Neto/PRF/Divulgação
A força-tarefa classificou a situação como de escravidão moderna. Foto: Osvaldo Myles Neto/PRF/Divulgação

O Ministério Público do Trabalho (MPT) resgatou 330 cortadores de cana em situação de trabalho equivalente ao de escravos em uma fazenda no município de Lajedão, no Extremo-Sul baiano, próximo à divisa com Minas Gerais.

O flagrante foi feito nas terras que pertencem à União Industrial Açucareira (Unial) por uma força-tarefa que contou com a participação do Governo do Estado da Bahia e apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF). De acordo com o MPT, este é o terceiro resgate de trabalhadores em unidades da Unial na Bahia.

“Os trabalhadores não tinham equipamentos de proteção, não dispunham de sanitários nem de qualquer proteção contra o sol ou a chuva nos locais de corte de cana. Além disso, o alojamento apresentava condições precárias de higiene, principalmente em relação à água usada, armazenada em um tanque com plantas e restos de produtos químicos”, disse Ilan Fonseca, procurador que integrou a força-tarefa.

A situação foi classificada pela força-tarefa classificou como escravidão moderna.

Três prepostos da empresa  serão ouvidos na tarde desta sexta-feira (30) na sede do MPT em Eunápolis. Além de colher alguns elementos para fechar o relatório de inspeção, o MPT vai tentar negociar o pagamento das verbas rescisórias e indenizações aos trabalhadores.

Caso a Unial não aceite fazer os pagamentos, uma ação civil pública será ajuizada na próxima semana pedindo que a Justiça determine a rescisão indireta e os pagamentos. Esse é o terceiro resgate de trabalhadores em unidades da Unial na Bahia.

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