Ministro da Cidadania prevê 13º no Bolsa Família em 2019

“Eu não tenho nenhum problema em cortar o Bolsa Família porque eu sei que tem fraude”, disse o relator do projeto de Orçamento da União de 2016 (Imagem Ilustrativa)
“Eu não tenho nenhum problema em cortar o Bolsa Família porque eu sei que tem fraude”, disse o relator do projeto de Orçamento da União de 2016 (Imagem Ilustrativa)

O deputado Osmar Terra (MDB-RS), ao assumir o Ministério da Cidadania nesta quarta-feira (2), disse que o governo deverá pagar 13º salário para beneficiários do Bolsa Família no fim de 2019. A pasta da Cidadania, criada pela gestão do presidente Jair Bolsonaro, reúne atribuições do antigos ministérios da Cultura, Esportes e Desenvolvimento Social.

De acordo com Terra, o investimento no 13º do Bolsa Família seria de R$ 2,5 bilhões, valor que é destinado mensalmente para o benefício. Ele afirmou ainda que, ao mesmo tempo em que tenta viabilizar o 13º, o ministério deverá ampliar a identificação de eventuais fraudes no programa. “São R$ 2,5 bilhões. O que nós temos que fazer é reforçar o orçamento, que nos deram um orçamento de perna curta nessa área. E, ao mesmo tempo, ampliar o pente-fino para realmente separar o joio do trigo”, disse Terra.

O ministro, que comandou o Desenvolvimento Social na gestão do ex-presidente Michel Temer, afirmou ainda que pretende modificar o Bolsa Família para aumentar a inclusão de jovens de famílias beneficiárias no mercado de trabalho. “Reforçar com a inclusão produtiva e ter pelo menos um jovem por família com a oportunidade de fazer um curso técnico ou de receber microcrédito”, afirmou.

Perfil: Médico com mestrado em Neurociência, o porto-alegrense Osmar Gasparini Terra, de 68 anos, é filiado desde 1986 ao MDB. Ele foi prefeito de Santa Rosa (1993-1996), secretário de Saúde do Rio Grande do Sul e ministro do Desenvolvimento Social no governo de Michel Temer.  Terra está na Câmara dos Deputados desde 2001, de onde se licenciou para integrar o governo Temer. Ele assumiu a pasta do Desenvolvimento Social em maio de 2016. O político gaúcho ficou no ministério, responsável pelo programa Bolsa Família, até abril deste ano, quando foi exonerado para disputar a eleição. Na pasta, dedicou-se a combater fraudes no pagamento do benefício.

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