Moro expõe conversas e fala sobre cargo no STF: “Não estou à venda”

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, apresentou provas que comprovam as acusações feitas durante seu pronunciamento na tarde desta sexta-feira, 24, que culminou com sua saída do comando da pasta. As informações foram obtidas pelo Jornal Nacional (JN).

Em mensagens apresentadas por Moro durante conversa com Jair Bolsonaro, ocorrida na quinta-feira, 21, o presidente mostra uma matéria com a chamada ‘PF na cola de 10 a 12 deputados bolsonaristas’, como forma de justificar a intenção no afastamento de Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal.

No entanto, o juiz respondeu ao chefe do executivo que o inquérito é inteiramente conduzido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. “Diligências por ele determinadas, quebras por ele determinadas, buscas por ele determinadas. Conversamos em seguida, às 09h”.

Também foi solicitado que Sérgio Moro provasse não ter pleiteado uma recomendação ao presidente por uma cadeira no STF. Para isso, o ex-ministro expôs uma conversa com uma das fortes aliadas de Bolsonaro no congresso, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).

“Por favor, ministro, aceite o ‘Ramage’ e vá em setembro para o STF”, escreveu a parlamentar se referindo ao diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, um dos favoritos Bolsonaro para chefiar a Polícia Federal. “Eu me comprometo a ajudar e fazer JB (Jair Bolsonaro) prometer”, completou a deputada

Por fim, Moro recua na proposta feita por Zambelli. “Prezada, não estou à venda”. Questionada, a deputada federal informou que não irá comentar acerca do caso.

Fonte: A Tarde

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