Mulher denuncia policial militar por agressão após discussão por política: ‘ameaçou pegar arma que estava na cintura’

Uma mulher foi agredida com um soco no rosto por um policial militar em Feira de Santana, após uma discussão por causa de opiniões políticas divergentes. De acordo com a Polícia Militar, o homem foi afastado das atividades.

O caso aconteceu na noite de domingo (4) e foi registrado na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), que investiga a agressão nesta quinta-feira (8). O g1 conversou com a vítima, a estilista Flávia Sacramento, que relatou como a situação aconteceu.

Segundo Flávia, ela e o policial eram amigos e estavam reunidos com outras pessoas. Ao conversarem sobre educação, o papo tomou um rumo político e os ânimos se exaltaram, por terem opiniões diferente.

Flávia disse que, em uma tentativa de finalizar a briga, adotou uma atitude debochada e pediu para o policial “estudar e adquirir conhecimento”. Fabrício então se exaltou e passou a atacá-la com ofensas e xingamentos, além de ameaçar a estilista.

“Ele começou a me atacar de forma pessoal. Disse que minha família era de ‘filhos da puta’, que eu era uma ‘puta preta’, sustentada por macho. Ele disse que se eu falasse mais uma vez que ele deveria estudar, me bateria”, relatou.

Depois de insultar Flávia, o policial então partiu para cima da estilista com chutes e soco. O celular da vítima também foi quebrado pelo suspeito. O g1 entrou em contato com o acusado, que informou que não tem autorização para falar sobre o caso e que irá se pronunciar apenas no processo.

“Ele me deu um soco no rosto e, com o impacto, bati minha cabeça na parede. Ele ainda me deu uma rasteira, eu caí e ele me chutou. Só não me bateu mais porque o pessoal tomou frente. O tempo todo ele ameaçou pegar a arma que estava na cintura”, descreveu.

No momento da agressão, o militar não estava fardado, nem em serviço. Além de afastá-lo das atividades, a Polícia Militar também abriu processo para apurar as circunstâncias do fato. A vítima ainda informou que está com medo de sair de casa, porque o PM sabe o endereço dela.

“Foi uma violência que eu jamais vou esquecer, que eu não esperava de um amigo de mais de 25 anos, seria o padrinho de minha filha”, desabafou.

Fonte G1 Bahia

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