Mutirão gratuito em Feira de Santana busca evitar cegueira em pacientes diabéticos

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O diagnóstico do diabetes vem acompanhado de diversas recomendações para a qualidade de vida do paciente acometido e entre os alertas, a saúde ocular é uma das grandes preocupações. Uma pessoa com diabetes tem 25 vezes mais chances de desenvolver a retinopatia diabética, doença progressiva que pode levar à cegueira se não for acompanhada e controlada, segundo informa o médico Hermelino Oliveira Neto, doutor em Ciências Visuais e mestre em Oftalmologia.

É com o objetivo de alertar para a retinopatia e evitar a perda da visão dos pacientes, que um mutirão gratuito será realizado em Feira de Santana, no próximo dia 18 de novembro, das 7 horas às 11 horas, em virtude do Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro). A iniciativa é uma realização do Hospital de Olhos de Feira de Santana (Clihon) e contará com a participação de docentes e estudantes da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), do Centro Universitário de Excelência (Unex) e equipe do Centro de Atendimento ao Diabético e Hipertenso (CADH). O evento conta com chancela e apoio da Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD), Internacional Diabetes Federation e da Federação Nacional das Associações e Entidades de Diabetes (FENAD).

Os atendimentos serão realizados por agendamento e os interessados devem estar com documento de identificação. O mutirão é sediado no estacionamento da Clihon, localizada na Rua Barão do Rio Branco, n° 892. A campanha é nacional e realizada através de oftalmologistas em várias cidades do Brasil, entre elas Feira de Santana.

Segundo Hermelino Neto, em Feira de Santana o mutirão chega a nona edição, sendo realizado desde 2013. O especialista comentou sobre o caráter multidisciplinar da campanha. “Teremos o atendimento dos oftalmologistas, fazendo o exame de fundo de olho, tratamento com raio laser, avaliação se o paciente tem catarata, tem glaucoma e esses exames estaremos dando encaminhamento, paralelamente, esses pacientes serão avaliados por odontólogos, endocrinologistas, biomédicos, com medição de pressão arterial sistêmica e fazendo teste de glicemia, nutrição, fisioterapia e atividades com psicólogos e advogados, para explicar o que o paciente diabético pode ter de direito”, disse.

Identificar, acompanhar e controlar a retinopatia diabética torna-se importante devido ao alerta do especialista: a doença é a causa de cegueira mais frequente na população de 20 a 40 anos. “O objetivo principal é detectar a retinopatia diabética que é uma doença na retina que tem como origem o diabetes descompensado, são pacientes diabéticos que tem longo tempo, mais de cinco anos de doença e começam ter alterações na retina e essas alterações se não tratadas e não controlado o diabetes, essas alterações levarão a cegueira”, explicou o oftalmologista.

Segundo o médico, o perigo reside nos pacientes que se consideram normais, mas podem apresentar alterações na saúde ocular devido ao desconhecimento, principalmente do diagnóstico do diabetes. “Temos dois focos, o principal é detectar as pessoas que se consideram normais, mas nos exames, detectamos que ele tem uma doença diabética sem ela saber e também avaliar esse paciente que sabemos que ele tem dificuldade de acesso e em virtude da pandemia eles ficaram sem ter assistência médica, então agora a gente precisa rever esses pacientes”, comentou.

A retinopatia diabética é uma doença progressiva que pode levar à cegueira se não for acompanhada e controlada, segundo informa o médico Hermelino Oliveira Neto.

Folha do Estado

 

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