O Rio Vermelho tem sua história iniciada no século XVI, com o naufrágio de Caramuru ao seu território. Aqui viviam os Tupinambás e Caramuru foi o elo de comunicação entre os nativos e os europeus. Quando o primeiro governador-geral chegou a Salvador, as terras a uma légua para o norte e duas léguas para o sertão do Rio Camarajipe foram doadas a Antônio de Ataíde. E assim nasceu o Rio Vermelho. Inicialmente a região tinha poucos habitantes, com uma paisagem de currais, armação de pesca e jesuítas.
Com a invasão holandesa de 1624, muito moradores vieram para o Rio Vermelho, pela distância do local invadido. Aproveitando o clima tenso e a desorganização dos brancos, alguns escravos fugiram para as matas frondosas, formando em 1629 um quilombo no Rio Vermelho.
Este quilombo foi esmagado três anos depois pelos capitães-do-mato Francisco Dias de Ávila e João Barbosa Almeida. Os pescadores, que tem presença marcante até hoje, dominavam o lugar no século XVII. Nas palavras do visitante francês Tollenare: ” é um povoado de pescadores, de umas 100 cabanas, na foz de um pequeno rio que se lança no mar a uma légua a leste do Cabo de Santo Antônio. Os arredores são encantadores e um forte muito arruinado contribui para o pitoresco da paisagem”.
Com o passar dos anos, em meados do século XIX, o Rio Vermelho tinha três núcleos de povoamento definidos: Paciência, Mariquita e Santana.
Conhecido pelo clima boêmio, pelos acarajés de Cira, de Regina e de Dinha, e pela colônia de pescadores, seus moradores comemoram anualmente, no dia 2 de fevereiro, a Festa de Iemanjá, rainha do mar, e são devotos de Santana. No Largo de Santana, há a Igreja de Sant’Ana do Rio Vermelho, construída na primeira metade do século 19. Seus cultos foram transferidos para o novo templo, perto da praia
O bairro tem várias esculturas, comprovando sua tradição artístico-cultural, entre elas a de Jorge Amado e Zélia Gattai, do artista Tati Moreno, e o Monumento a Cristóvão Colombo e suas belas esculturas na Praça Colombo, uma divisão do Largo da Mariquita. Trata-se de uma montagem, de 6,15 m de altura, feita provavelmente nos anos 1940
Conheça diversos detalhes da história do bairro no http://www.acirv.org/