Netinho volta ao carnaval após 4 anos longe por conta de doença

O artista baiano fez um show de cerca de duas horas em um camarote localizado em Ondina, no circuito Dodô. (Foto: Júnior Improta/Ag Haack)
O artista baiano fez um show de cerca de duas horas em um camarote localizado em Ondina, no circuito Dodô. (Foto: Júnior Improta/Ag Haack)
O artista baiano fez um show de cerca de duas horas em um camarote localizado em Ondina, no circuito Dodô. (Foto: Júnior Improta/Ag Haack)

Na noite de ontem (25), o  cantor Netinho voltou se apresentar no carnaval de Salvador, quatro anos após se afastar da festa por conta de problemas de saúde. O artista baiano fez um show de cerca de duas horas em um camarote localizado em Ondina, no circuito Dodô. Ovacionado pelo público, o artista cantou clássicos do axé dos anos 80 e 90 e emocionou a plateia, que gritava o nome do artista. Canções como “Haja amor”, “Praieiro”, “Estrela primeira”, “Baianidade Nagô” e “Prefixo de Verão” estavam no repertório. “Mila”, canção de maior sucesso da carreira do cantor, foi acompanhada em coro pelo público.

Descalço, Netinho subiu ao palco vestido com bermuda branca, camiseta preta, um colete e um turbante. Ele ainda agregou ao figurino uma marca registrada: o apito que sempre usou nos shows e também nos trios. Durante a apresentação, ele se emocionou com a receptividade do público e ainda se ajoelhou no palco para falar com alguns fãs. “Foi um show lindíssimo porque teve muita positividade. Hoje tudo está cheio de sofrimento e revolta, é preciso que exista felicidade em algo”, disse Netinho após o show.

A apresentação marcou o retorno do artista ao cenário musical baiano. Em 2013, o músico teve três acidentes vasculares cerebrais que causaram, entre outros problemas, perda da voz, principal instrumento de trabalho dele. Além disso, Netinho viu sua rotina mudar de repente com um longo período de internações. De acordo com o G1, o médico do cantor acompanhou todo o show no camarote.

Os longos períodos no hospital levaram Netinho aos estudos da neurociência e da física, disciplinas que, segundo ele, foram primordiais no seu processo de recuperação. “Como eu estudei engenharia, sempre gostei de matemática e voltei a estudar na internet. E conversando com um estudante ele me enviou um livro de física quântica. E aí não parei mais. Um livro atrás do outro, pesquisa atrás da outra. E, quem diria, uma disciplina cartesiana me levou a Deus e à espiritualidade”, conta o artista que pretende colocar a positividade e a mensagem que aprendeu sobre a força da mente no seu novo trabalho, que deve sair para o verão de 2018.

“O que tenho em mente ainda é muito difícil de expressar em palavras. Vai levar um tempo até começar a gravar músicas novas, porque quero que elas venham com o significado do que eu sou hoje”, diz ele, que “não se enxerga no atual mercado da música baiana” e quer produzir “algo diferente”.

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