Em todo o Brasil, apenas três estados, entre eles a Bahia, possuem a tecnologia do Ibis Trax 3 D, equipamento fabricado no Canadá que analisa as imagens de munição utilizada em crimes e organiza as informações em banco de dados. Isso torna possível descobrir se uma arma usada na prática de algum crime foi utilizada em outras ocorrências.

Foto: Raul Golinelli/GOVBA
Com três equipamentos funcionando desde 2007, outros três foram adquiridos e estão sendo instalados na Coordenação de Balística Forense, do Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP). A munição de vários calibres e armas, como escopetas, metralhadoras, revólveres 38 e 40 é examinada pelos peritos, que fazem a imagem em 3D de cada uma delas.
Toda arma deixa uma espécie de ‘impressão digital’ na munição – é aí que entra o uso do Ibis. Segundo a perita Margareth Tristão, da Coordenação de Balística Forense, “um delegado encaminha uma arma ou munição e o Ibis correlaciona outros casos ocorridos com a mesma arma e registrados no banco de dados. O Ibis já fez mais de 1,2 mil correlações. A mais famosa é a da chacina de Mussurunga, em Salvador, em que a arma foi relacionada a outras dez vítimas por meio do equipamento”.