Papo de Mulher estreia no Jornal Transbrasil e traz a delegada Clécia Vasconcelos como primeira entrevistada

80e808ea-b332-4b04-9ef1-6b042d03ae14

 

O jornal Transbrasil com Carlos Geilson iniciou na manhã desta quarta-feira (01), o quadro Papo de Mulher, onde durante toda semana que antecede o Dia Nacional da Mulher terá uma entrevistada que abordará temas relevantes ao “mundo feminino”. A convidada de abertura do quadro foi a professora e delegada Maria Clécia Vasconcelos de Moraes Firmino Costa, que responde pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) em Feira de Santana há cerca de dez anos.

Maria Clécia Vasconcelos, é natural de Maceió (AL), mas foi condecorada cidadã feirense pela Câmara Municipal de Vereadores em Feira de Santana do dia 30/05/2017 e segundo a mesma não pretende mais sair da cidade. Clécia iniciou sua carreia na coordenadoria na cidade Paulo Afonso, pela proximidade com o estado de Alagoas que é seu estado de nascimento, de lá passou pela região de Coronel João Sá, Jeremoabo e por seu filho precisar estudar em uma cidade maior, foi o que de fato a trouxe para Feira de Santana.

A entrevista foi conduzida pela jornalista Deiselaine Campos, que iniciou a conversa perguntando como surgiu o interesse em fazer parte da polícia?

A delegada foi enfática em afirmar que sem dúvida foi uma questão genética. “Eu venho de uma linhagem de pai policial, avô policial e assim que pensei em fazer direito eu já sabia o que queria, não iria atuar em outra área jurídica. Eu queria ser delegada de polícia, até porque gosto desse contato com o povo e não me resumir a papéis e processos, porque o policial trabalha assim com muito contato”, conta a delegada Clécia Vasconcelos.

Em relação às dificuldades que enfrentou para se firmar nesse espaço, onde a maioria ainda é de homens, a delegada afirma que teve muita rejeição. “Quando cheguei em 2001 fui para o sertão da Bahia ocupar um espaço que era de um policial militar e confesso que tive muita rejeição por ser mulher, mas como em todas as outras áreas a mulher para ser reconhecida como profissional ela tem que ser duas vezes melhor que qualquer outro homem que por ali passou. Pelo fato de estar hoje em frente a Delegacia da Mulher, ainda tem quem veja como uma delegacia de briga de marido e mulher ou coisa de menininha e não é. É uma das delegacias mais difíceis de trabalhar, mas eu penso que a condição da mulher é essa, superar a cada dia e mostrar para essa sociedade que somos tão capazes quanto qualquer outro homem”, salienta.

Quando a jornalista pergunta se existe como separar a delegada da mãe, amiga e filha, a entrevistada foi categórica em dizer que não existe essa separação e tudo é uma mistura só.

“É uma mistura tão grande que eu estava trabalhando sete dias no carnaval de Salvador e quando liguei para casa perguntando como eles estavam a resposta foi – uma paz, sem a senhora aqui mandando, controlando e nada de reclamação, quer dizer, tudo meio que se mistura. Uma mulher delegada de polícia para começar um novo relacionamento é mais difícil, porque são situações em que o homem já olha com receio de ser mandona, antenada e mais difícil para enrolar e cair no golpe, ou seja, são profissões que se misturam no relacionamento e não tem como separar”,

Para finalizar a delegada contou sobre o que adora encontrar os amigos, jogar voleibol e baralho. “Me junto com as novinhas para jogar voleibol e acabo me ferrando, gosto de tomar um vinho e baralho. Sexta-feira na minha casa é tradição baralho”, finaliza.

O quadro Papo de Mulher segue até dia 08 de março, a partir das 7h30 na 99,5.

Por Mayara Silva

Outras Notícias