Para estudiosos, reforma política ganha relevância

Foi a maior sessão da Câmara dos Deputados até hoje. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Foi a maior sessão da Câmara dos Deputados até hoje. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Pouco mais de uma semana depois de a presidente Dilma Rousseff ser afastada do cargo por 180 dias pelo Senado Federal, acadêmicos apontam para a necessidade de fortalecimento das instituições da República. Eles afirmam que o momento requer mais relevância ao debate sobre a necessidade de uma reforma política no País – com discussões que vão do fim da reeleição à adoção do sistema parlamentarista.

Em 31 anos de redemocratização, o Brasil assiste pela segunda vez a um presidente passar pelo impeachment. O sociólogo professor da USP Brasílio Sallum defende que uma das principais lições deste processo passa por uma reforma política. Embora acredite que “as regras do jogo tenham sido respeitadas até agora”, o especialista no estudo do governo Collor (1990-1992) entende que devem ser feitas reformas mais “brandas em um primeiro momento, como a proibição de coalizões proporcionais, criação de cláusulas de barreira a partidos poucos viáveis eleitoralmente e o fim da reeleição.

Em seguida, com um sistema político mais organizado, Sallum defende uma mudança do presidencialismo para o parlamentarismo. “Um parlamentarismo com um sistema partidário como o que a gente tem seria uma espécie de aposta no escuro, um risco demasiado. Sou a favor do parlamentarismo sim, mas quando o sistema estiver em melhores condições para operar um sistema desse”, diz. (Estadão)

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