PF investiga seita por suspeita de trabalho escravo

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A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta segunda-feira (17), a operação “De volta para Canaã”, a fim de desarticular um grupo que utilizava uma seita religiosa para submeter fiéis a trabalho escravo. A ação está sendo realizada nas cidades baianas de Remanso, Marporá, Barra, Ibotirama e Cotegipe, além de munícipes em Minas Gerais e São Paulo.

Conforme a PF, o grupo se apropriava do patrimônio dos fiéis e os submetia a trabalhos forçados em situação análoga ao dos escravos. A polícia estima que a organização, conhecida como “Comunidade Evangélica Jesus, a verdade que marca”, recebeu mais de R$ 100 milhões em doação. Líderes da seita foram presos. São cumpridos 129 mandados judiciais, sendo seis de prisão temporária, seis de busca e apreensão, 47 de condução coercitiva e 70 de sequestro de bens, como imóveis, veículos e dinheiro.

Os fiéis eram mantidos como escravos nas fazendas onde eles trabalhavam e participavam de rituais religiosos. De acordo com nota da PF enviada ao jornal A Tarde, os frequentadores da seita eram convencidos a doar seus bens com o argumento de que iriam morar em uma comunidade onde “tudo seria de todos”. Eles também trabalhavam sem ter qualquer tipo de pagamento. A operação é uma continuidade da ação “Canaã” (referência bíblica à terra prometida por Deus), que investigou o mesmo grupo. A análise dos documentos apreendidos nessa operação colaborou com a investigação atual.

Com informações do site do jornal A Tarde.

Foto de capa extraída do blog Eu Vou Passar.

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