Polícia deflagra ação em três municípios para apurar desvios de recursos

Desvios teriam sido feitos pelo prefeito de Caatiba, Joaquim Mendes de Souza Junior. Foto: Divulgação/Polícia Federal.
Desvios teriam sido feitos pelo prefeito de Caatiba, Joaquim Mendes de Souza Junior. Foto: Divulgação/Polícia Federal.
Desvios teriam sido feitos pelo prefeito de Caatiba, Joaquim Mendes de Souza Junior. Foto: Divulgação/Polícia Federal.
Desvios teriam sido feitos pelo prefeito de Caatiba, Joaquim Mendes de Souza Junior. Foto: Divulgação/Polícia Federal.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira, 12, a Operação Mato Cerrado. A ação, que apura desvios de recursos públicos da Prefeitura de Caatiba, no interior da Bahia, acontece também em Salvador, Vitória da Conquista e Planalto.

A força-tarefa que atua nesta operação é formada pela Receita Federal, Controladoria Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal. Setenta policiais, 22 servidores da Receita e 11 auditores da CGU cumprem 22 mandados de busca.

Em Salvador, a ação acontece no edifício Torre Europa, que fica ao lado do Salvador Shopping. Por lá, uma equipe da PF e outra da Receita fazem buscas em um escritório.

Conforme a PF, foram apontadas irregularidades em licitações para contração de cooperativas nas áreas de transporte escolar, saúde e logística. As entidades teriam sido criadas só no papel e atuavam “com características distintas das previstas na legislação relativa a esse tipo de entidade”, informou a polícia através de comunicado.

O esquema era comandado pelo atual prefeito de Caatiba, Joaquim Mendes de Souza Junior, conhecido como Junior Mendes (PMDB). A fraude contava também com a participação da esposa dele, KelleGreyse Santos Santana Mendes, que também exerceu o cargo de secretária de Saúde do município, além do secretário municipal de Administração, do assessor jurídico da prefeitura e do contador das pessoas jurídicas contratadas.

Fraude

Ainda conforme a PF, o grupo utilizava de forma fraudulenta cooperativas em serviços, como saúde e transporte. Isso permitia que eles usufruíssem de um tratamento tributário diferenciado, ou seja, indevido. O esquema, segundo a Receita, pode levar a autuações de mais de R$ 40 milhões. As cooperativas não têm incidência de tributos, como Imposto de Renda ou Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), o que acaba estimulando o uso deste tipo de entidade para fins ilícitos.

Do site do jornal A Tarde.

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