Pouca conscientização da população dificulta reciclagem

Foto: Reprodução
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Hoje, dia mundial da Reciclagem vale lembrar, que de acordo com pesquisa realizada pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), o Brasil é o quarto país que mais produz lixo no mundo. No total são 11.355.220 toneladas e apenas 1,28% de reciclagem. Só está atrás dos Estados Unidos (1º lugar), da China (2º) e da Índia (3º). Em Salvador, de acordo com dados da Secretaria Municipal de sustentabilidade, inovação e Resiliência (SECIS) são coletadas por mês 30 toneladas de resíduo Reciclável.

As coletas são realizadas através dos containers distribuídos por alguns bairros de Salvador, então como explicou a assessoria de comunicação da SECIS, ainda não contempla toda a cidade. Os resíduos mais reciclados são: papel, alumínio e plástico. Também está de fora o trabalho de muitas cooperativas, que trabalham por conta própria e de catadores avulsos. No total são 75  Pontos de Entregas Voluntarias (PEVs), em Salvador.

Ainda, segundo os dados do Banco Mundial, mais de 2,4 milhões de toneladas de plástico são descartadas de forma irregular, sem tratamento e em lixões a céu aberto. 7,7 milhões de toneladas de lixo são destinados a aterros sanitários.o volume de plástico que vaza para os oceanos anualmente é de cerca de 10 milhões de toneladas. A pesquisa mostra que até 2030 serão lançados ao mar o equivalente a 26 mil garrafas de plástico para cada quilômetro quadrado . Mais da metade dos produtos plásticos que poluem o mundo hoje foi criada nos anos 2000.  A poluição do plástico afeta a qualidade do ar, do solo e sistemas de fornecimento de água e gera mais de US$ 8 bilhões de prejuízo à economia global.

O Fórum Econômico Mundial 2019, que aconteceu em janeiro, em Davos, na Suíça, chamou a atenção de importantes discussões que afetam a vida do planeta.

Uma delas foi a união de representantes das Nações Unidas, do Fórum Econômico Mundial e do Conselho Empresarial Mundial para discutirem um problema muito grave e crescente que ameaça populações e o meio ambiente: o lixo eletrônico.

Televisores, computadores, smartphones, carregadores, entre outros, chamados de e-lixo, não são biodegradáveis e, muitas vezes, contêm componentes feitos de materiais tóxicos como chumbo que, além de agredir o meio ambiente, provoca sérios danos à saúde de quem convive e manuseia o e-lixo.

CCR Metrô Bahia lança campanha de conscientização sobre coleta seletiva

Dos 387 quilos de resíduos sólidos que cada brasileiro produz por ano, quase 155 vão parar na lixeira errada. De acordo com o último Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), os brasileiros estão gerando cada vez mais resíduos. E mesmo com tantas informações acerca da coleta seletiva e com a obrigatoriedade da sua implantação nos municípios, sancionada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, há ainda um grande abismo entre a teoria e a prática.

O estudo da Abrelpe também ressalta que, dos 387 quilos de resíduos sólidos que cada brasileiro produz por ano, quase 155 vão parar na lixeira errada. Levando em consideração esses números, contabiliza-se que 7 milhões de toneladas de lixo não foram separadas adequadamente. Isso revela que, no dia a dia, papel, alumínio, plástico e vidro se misturam aos dejetos orgânicos e deixam de retornar ao processo de produção de novos materiais e virar fonte de renda.

Para estimular as pessoas a fazerem a coleta seletiva dentro do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas e estender a lição para casa, a CCR Metrô Bahia desenvolveu uma campanha que pretende conscientizar os usuários do modal sobre a causa. As estações de metrô e terminais de ônibus receberam novas lixeiras seletivas, painéis informativos e mensagens sonoras da campanha. Nos trens, um vídeo apresenta o tema de forma didática. A campanha que ganhou forma na semana do Dia Mundial da Reciclagem, lembrado nesta sexta-feira (17), tem como objetivo dar a destinação mais ambientalmente adequada para os resíduos recicláveis, possibilitando a preservação dos recursos naturais e minimizando o impacto negativo com o descarte de resíduos no Aterro Sanitário.

Coleta seletiva na CCR Metrô Bahia

Além de ser um dos pilares do consumo sustentável, a prática da coleta seletiva é, sobretudo, um meio de possibilitar um ganho financeiro social para a comunidade. Todos os resíduos recicláveis arrecadados na concessionária que opera o metrô são destinados para a CAMAPET, cooperativa de reciclagem. Em 2018, a CCR Metrô Bahia doou, aproximadamente, 15 toneladas. Esse número representa um aumento de cerca de 37% em relação ao ano anterior. No primeiro trimestre deste ano, já foram doadas 5,5 toneladas de resíduos recicláveis, um aumento de 83% em relação ao mesmo período de 2018.

Todo o montante é resultado do trabalho de conscientização e educação ambiental realizado dentro da empresa junto aos colaboradores. A pretensão é que a campanha ganhe uma proporção ainda maior, direto dos trilhos para a casa dos mais de 370 mil clientes que circulam diariamente pelo sistema metroviário baiano. “O descarte correto dos resíduos é papel de todos. A nossa intenção é que as pessoas aprendam aqui a separar o lixo comum daquele que pode ser reaproveitado e disseminem essa ideia em outros lugares como em casa e no trabalho, por exemplo. Essa atitude ajuda a reduzir a quantidade de lixo que irá para aterro, além de transformar o lixo em fonte de renda. Assim, temos um ganho socioambiental”, destaca o Gestor de Comunicação e Sustentabilidade da CCR Metrô Bahia, Álvaro Britto. Informações Tribuna da Bahia

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