Os pais vão sentir o bolso pesar na hora de comprar os itens da lista de material escolar neste ano. Os valores dos artigos escolares estão até 35% mais altos neste mês de janeiro em relação ao mesmo período de 2015. A informação é da Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório (Abfiae).
Conforme a entidade, a valorização do dólar ante o real, que atingiu 49% em 2015, é o principal motivo da alta nos preços. “Mochilas, estojos e lancheiras irão subir mais porque são importados e, por isso, são afetados imediatamente pela valorização do dólar”, afirma Rubens Passos, presidente da Abfiae.
Passos afirma que o acréscimo médio, que deverá ficar em 10%, só não é maior porque os fabricantes estão segurando o repasse dos valores. “Os produtos fabricados aqui vão subir menos agora, pois, se o reajuste for repassado de uma vez só, ninguém mais compra ou vende”, declara o presidente.
Ainda segundo Passos, o impacto da alta da divisa americana poderá ser sentido nos preços até 2018. “O papel, um dos principais insumos da indústria, é cotado em dólar. Os produtores já anunciaram aumentos superiores a 20% a partir de fevereiro. Então isso poderá afetar mais um ou dois anos”, pontua o presidente. A projeção da Abfiae para este ano é que as vendas caiam 10% em relação a 2015.
Além da alta inflacionária e do dólar, a tributação em cima desses produtos é outro fator que encarece a lista. Conforme um levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o item com mais encargos é a caneta, com carga tributária de 47,49%. Agendas, apontadores e borrachas, que também estão entre os produtos mais básicos, têm até 43,19% de encargos. A régua é tributada em 44,65%. O consumidor que comprar um tubo de cola vai desembolsar 42,71% para os cofres públicos, enquanto um estojo terá 40,33% de seu preço em impostos.
Economize na compra do material escolar
Reaproveite – Antes de sair às compras, os pais devem verificar os produtos que sobraram do ano anterior e reaproveitá-los.
Planeje – Avalie se há necessidade de comprar material para o ano todo ou se é melhor fracionar a compra, por exemplo, semestralmente.
Pesquise – O consumidor deve pesquisar preços em diferentes pontos de venda, comparando marcas e estabelecimentos. Na impossibilidade de comprar cada item em locais diferentes, a saída é pesquisar a lista como um todo.
Junte a galera – Reúna outros pais e faça a compra em conjunto. Está é uma das melhores formas de economizar.
Deixe o filho em casa: para evitar pressões pela aquisição de produtos da ‘moda’, não leve os filhos às compras.
Avalie – Observe a qualidade dos itens, o preço e as condições de pagamento. Evite pagamento parcelado, e sempre negocie descontos ou melhores condições. Exija a nota fiscal, tíquete do caixa ou cupom do ponto de venda, fundamentais no caso de troca.
Com informações do site Correio 24 Horas.