Com o intuito de alinhar estratégias de contingência e combate aos mosquitos Aedes aegypti e Albopictus, transmissores da dengue, febre chikungunya e zika vírus, a Prefeitura de Salvador publicou nesta segunda-feira (20), no Diário Oficial do Município, o Decreto nº 26.266, que prevê a criação do Comitê Municipal de Prevenção e Controle da Dengue. O grupo intersetorial permanente, capitaneado pela Secretaria Municipal da Saúde, será formado por diversos órgãos da Prefeitura, além de entidades dos setores público e privado, conselhos de classe, forças armadas e instituições de ensino superior e pesquisa científica.
“Sabemos que o combate ao mosquito é um trabalho que deve ser realizado em conjunto com o poder público, movimentos sociais organizados e toda população, por isso foi criado esse comitê permanente compostos por membros de diversos setores da sociedade. A ideia é nos reunirmos periodicamente para traçar ações efetivas e estratégicas no enfrentamento do mosquito em Salvador”, afirmou Isabel Guimarães, coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue.
Nesta terça-feira (21), acontece no auditório do Ministério Público da Bahia, localizado no Centro Administrativo, a partir das 9h30, um encontro aberto ao público para discutir a situação dos casos de dengue, zika e chikungunya na capital. O evento contará com a presença da médica infectologista reguladora do SAMU, Adielma Nizarala, que falará sobre os cuidados e a prevenção das doenças.
Números – Recentemente, a Vigilância Epidemiológica de Salvador apresentou dados que indicam uma redução de 76% no número de casos de dengue no primeiro semestre de 2015. Entre janeiro e junho, foram confirmadas 1.062 ocorrências da doença no município, enquanto no mesmo período do ano passado foram 4.344 registros.
O resultado positivo é atribuído ao trabalho preventivo intensificado em bairros prioritários pela SMS como grandes mutirões seriados de limpeza, ações de varredura, monitoramento constante e eliminação de larvas em pontos como praças, monumentos e outros tipos de logradouros públicos onde há possibilidade de acumulo de água, além de abertura de imóveis abandonados com o auxílio de outros órgãos da Prefeitura.
Ainda segundo a vigilância, três casos de zika vírus foram confirmados nos primeiros sete meses deste ano. Outros 15 mil ainda são suspeitos e seguem sob análise. No caso da chikungunya, a Prefeitura contabilizou quatro casos em 2015.