Quando a gentileza vira tradição

Seu Dú e dona Crispina oferecem canjica para os vizinhos há 50 anos. Foto: Olá Bahia
Seu Dú e dona Crispina oferecem canjica para os vizinhos há 50 anos. Foto: Olá Bahia
Seu Dú e dona Crispina oferecem canjica para os vizinhos há 50 anos. Foto: Olá Bahia
Seu Dú e dona Crispina oferecem canjica para os vizinhos há 50 anos. Foto: Olá Bahia

Quem nunca preparou um prato gostoso e compartilhou um pouco do seu feito culinário com o vizinho mais chegado? Se você que nos lê nunca o fez, experimente.

Ato bastante comum nas cidades do interior, na casa de Eduardo Pereira, 73 anos, e dona Crispina, 76, moradores da localidade de Lagoa Grande, no distrito de Maria Quitéria, Feira de Santana, a gentileza virou tradição que já dura 50 anos e reúne dezenas de pessoas.

Casados há 51 anos, foi no primeiro aniversário de matrimônio que seu Dú, como é mais conhecido, e dona Crispina aproveitaram o milho do quintal e, além de fazer canjica para o seu consumo, distribuíram a iguaria com os vizinhos. No ano seguinte fizeram o mesmo e a canjicada, como foi batizada, passou a ser momento esperado por todos neste período do ano.

“Não tem data certa, depende do milho. Mas sempre acontece nessa época – entre julho e setembro”, diz seu Dú que recebe a todos como filhos em sua casa. Para a canjicada deste ano, ele diz que utilizou aproximadamente de 300 milhos e 15 pessoas ajudaram no preparo.

Isabel, uma dos oito filhos de sangue do casal, diz, entre risos, que se preocupa com a responsabilidade da manutenção desta tradição. “Tem que manter”, afirma. Quem prova também garante: tem que manter.

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