Servidor público é chamado de ‘chimpanzé’ em app depois de compartilhar vídeo em grupo

Advogado do servidor diz que ele foi vítima de crime previsto no código penal. Foto: Reprodução/TV São Francisco.
Advogado do servidor diz que ele foi vítima de crime previsto no código penal. Foto: Reprodução/TV São Francisco.
Advogado do servidor diz que ele foi vítima de crime previsto no código penal. Foto: Reprodução/TV São Francisco.

Um servidor público do município de Sobradinho denunciou à polícia ter sido vítima de injúria racial após ser chamado de ‘chimpanzé’ numa conversa no WhatsApp em que ele compartilhou um vídeo que fez para a campanha “Que Brasil você quer para o futuro?”, da Rede Globo. Alexsandro Lima disse que a ofensa ocorreu após ele divulgar o vídeo em um grupo do aplicativo de conversa. “Um dia após ter gravado o vídeo, eu recebi de minha filha um print [foto da tela do celular] que um cidadão tinha feito com o comentário racista. Ele colocou: ‘Esse chimpanzé deveria estar na jaula'”, afirma o servidor.

O advogado de Alexsandro Lima, Kaique Alves, diz que ele foi vítima de crime previsto no código penal. “Consiste basicamente em utilizar de elementos como raça, cor, origem, religião, inclusive a própria condição do indivíduo enquanto idoso e portador de deficiência. Em geral, se trata de atribuir palavras depreciativas a determinada qualidade do indivíduo”, pontua o profissional.

O servidor prestou queixa na delegacia da Polícia Civil, que já identificou o suspeito, chamado de Clênio Rodrigues, de 27 anos. Ele também reside em Sobradinho. O jovem deve prestar depoimento sobre o caso nesta terça-feira (19). A equipe do G1 tentou falar com Clênio Rodrigues, mas não obteve êxito.

“Eu espero que a justiça seja feita e que isso não aconteça mais. A Bahia é um estado onde existem muitas pessoas de cor, mas nem por isso devemos discriminar ninguém”, frisa Alexsandro Lima.

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