SUS vai fazer transplante para tratar doença falciforme

Foto: Reprodução/Hype Science
Foto: Reprodução/Hype Science

O transplante de medula óssea como opção terapêutica para a doença falciforme agora pode ser feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A medida foi publicada nesta quarta-feira (1º) no Diário Oficial da União.

A falciforme é uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil, e são aproximadamente 3,5 mil novos casos por ano. O Ministério da Saúde estima que 25 mil a 50 mil pessoas tenham a doença no Brasil, que apresenta alta morbidade e mortalidade precoce.

Atualmente, o tratamento no SUS é feito com o uso de vacinação e penicilina nos primeiros 5 anos de vida, como profilaxia às infecções, uso regular de ácido fólico, medicamentos para a dor, uso de hidroxiuréia e, em alguns casos, transfusões de sangue de rotina. A maioria dos pacientes consegue tratar os sintomas com a hidroxiureia, mas alguns pacientes não respondem bem a essa terapêutica. O medicamento ainda pode levar a uma sobrecarga de ferro no organismo.

O transplante de medula óssea já beneficiava pacientes com doenças oncohematológicas, como linfomas, leucemias e mielomas. Membro da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, a pesquisadora da USP-Ribeirão Preto, Belinda Simões, acredita que com a inclusão do transplante no SUS, o Brasil possui hoje o programa de saúde mais completo do mundo para esse tipo de doença. “Vai desde a triagem neo-natal até todo um programa de educação familiar, antibiótico profilático, medicação. Dentro do que já era oferecido, faltava esse aspecto, pois não são todos que precisam do transplante, mas muitos não têm outra opção”, disse.

O transplante de células-tronco hematopoéticas é feito entre parentes a partir da medula óssea, de sangue periférico ou de sangue de cordão umbilical.

*As informações são da Agência Brasil

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