Taxistas fazem carreata contra liberação da Uber

Durante o protesto, os taxistas fizeram um homenagem ao ex-taxista Carlos Alberto Pinho, que se suicidou na tarde desta terça-feira (23). Todos os veículos estão com a inscrição de 'luto'. (Foto: Nilson Marinho/CORREIO)
Durante o protesto, os taxistas fizeram um homenagem ao ex-taxista Carlos Alberto Pinho, que se suicidou na tarde desta terça-feira (23). Todos os veículos estão com a inscrição de 'luto'. (Foto: Nilson Marinho/CORREIO)
Durante o protesto, os taxistas fizeram um homenagem ao ex-taxista Carlos Alberto Pinho, que se suicidou na tarde desta terça-feira (23). Todos os veículos estão com a inscrição de ‘luto’. (Foto: Nilson Marinho/CORREIO)

Na manhã de hoje (24), cerca de 300 taxistas saíram em carreata em um protesto contra a liberação da Uber em Salvador. Por volta das 9h, começaram o ato em direção ao Tribunal de Justiça no Centro Administrativo da Bahia (CAB). O trânsito na região do Ogunjá, retornando para o sentido Paralela, está lento. Os taxistas ocupam as duas vias da via e são acompanhados por agentes da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador). Durante o Carnaval deste ano, uma liminar da Justiça deu permissão para o motoristas circularem com o aplicativo.

“As entidades e os sindicatos enxergam que a liberação da Uber é uma concorrência desleal. Pagamos todos os nossos impostos em dia, cumprimos todas as regras exigidas pela prefeitura e fazemos vistorias anuais”, reclamou Ademilton Paim, presidente da Associação Geral dos taxistas (Aget) durante o ato. “O aplicativo chega ao país, começa a circular e todas as exigências ainda continuam sendo cobradas apenas para os taxistas”, ponderou. A intenção da categoria é pressionar o judiciário para que se julgue a situação de forma favorável para os motoristas de táxi.

“Essa é a terceira vez que a audiência para a derrubada da liminar é cancelada. Pedimos compreensão do poder público e do Tribunal de Justiça para avaliar a nossa situação. A liminar, que permite que a Uber circule na capital foi concedida em fevereiro sem ser levado em consideração que o aplicativo é um transporte clandestino”, completou Ademilton Paim. Uma audiência sobre o tema acontece hoje às 11h no TJ-BA.

Segundo Carlos Alberto, presidente do Sindicato Taxistas Auxiliares Salvador (Simateb), depois da chegada do aplicativo na capital, o rendimento dos taxistas caiu cerca de 70%. De aordo com o G1, a expectativa, segundo os organizadores, é que até o fim do protesto cerca de 2 mil trabalhadores se juntem à carreata. Durante o protesto, os taxistas fizeram um homenagem ao ex-taxista Carlos Alberto Pinho, que se suicidou na tarde desta terça-feira (23). Todos os veículos estão com a inscrição de ‘luto’.

Outras Notícias