Após a assinatura do governador Rui Costa ao acordo firmado com o movimento docente, a greve dos professores das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) chegou ao fim na manhã desta quinta-feira (6).
Foram 86 dias de paralisação que resultaram em conquistas importantes para a categoria como a implantação, em até 60 dias, de todos os processos represados, desde 2012, de promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho. Também foi garantido fluxo para que mais docentes possam evoluir na carreira ainda este ano.
A revogação da Lei 7176/97, que é pauta de reivindicações dos professores há 18 anos para que lhes dê maior autonomia didática, também teve encaminhamento. Uma minuta de lei em substituição a que está em vigor será encaminha à Assembleia Legislativa em até 60 dias.
No que diz respeito às promoções, o Movimento Docente afirma que protocolou um ofício solicitando o agendamento de reuniões com início ainda em 2015. “Caso o governo não atenda, novas ações de mobilizações serão construídas”, afirmam.
Garantia do orçamento
“A luta conjunta de professores e estudantes obrigou o governo a se comprometer em não realizar cortes e contingenciamento orçamentário nas Ueba, até o final do ano. Com as reivindicações, que acontecem desde antes da greve, o governo também se viu obrigado a devolver os recursos das cotas mensais do orçamento, que haviam sido retiradas no primeiro trimestre de 2015”, diz uma publicação da Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (ADUNEB).
Agora, as universidades estaduais seguem com discussão sobre o calendário e retomada das atividades acadêmicas.
