Vereador e candidato prestaram depoimento à polícia por captação ilícita de votos

De acordo com a PF, eleitores fiéis da igreja eram cadastrados com a promessa de bênçãos em troca do voto (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
De acordo com a PF, eleitores fiéis da igreja eram cadastrados com a promessa de bênçãos em troca do voto (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
De acordo com a PF, eleitores fiéis da igreja eram cadastrados com a promessa de bênçãos em troca do voto (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
De acordo com a PF, eleitores fiéis da igreja eram cadastrados com a promessa de bênçãos em troca do voto (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

A Operação Simão, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (30), em Feira de Santana, conduziu coercitivamente o vereador e candidato à reeleição Welligton Andrade (PSDB) e o candidato a vereador Pastor Pedro (PSC). Suspeitos de envolvimento em um esquema de captação ilícita de votos, os candidatos prestaram depoimento à PF na manhã desta sexta-feira e foram liberados.

De acordo com a PF, “as investigações iniciaram há cerca de um mês, a partir de requisição do Ministério Público Eleitoral, que noticiou haver informes da captação ilícita de votos por parte de um candidato a vereador vinculado a uma igreja evangélica. O candidato e o grupo a ele ligado estariam cadastrando eleitores fiéis da igreja, com a promessa de bênçãos em troca do voto. Para aqueles que se recusavam fornecer os dados constantes do título eleitoral, o candidato oferecia-lhes maldições”, diz a PF.

Em seu perfil numa rede social, Welligton Andrade disse que os policiais estiveram em sua casa “à procura de provas que caracterizassem a prática criminosa da compra de votos e nada encontraram que comprovasse ou fosse indício de tal crime”.

Andrade também esclareceu pelo Facebook que a sua relação com uma liderança política dissidente do grupo do Pastor Pedro deu-se, justamente, pela divergência entre ambos. “O líder comunitário resolve apoiar a minha candidatura por dois motivos: Primeiro, agradará ao Pastor Pedro; E, segundo, por conta da incompatibilidade religiosa com o Pastor. Não havendo, portanto, nenhuma negociação financeira que se configure como compra de votos”, disse.

De acordo com o G1 Bahia, abordado pela reportagem da TV Subaé, afiliada da TV Bahia, Pastor Pedro também negou as acusações.

Conforme a PF, os investigados responderão pelos crimes previstos nos artigos 299 e 334 do Código Eleitoral. O artigo 299 determina que é crime “dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita” e prevê pena de reclusão até quatro anos e pagamento de multa.

O artigo 334 trata sobre a utilização de organização comercial de vendas, distribuição de mercadorias, prêmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de eleitores, com pena de detenção de seis meses a um ano e cassação do registro se o responsável for candidato.

 

Outras Notícias