Após a morte de Rafaela Ramos dos Santos, que foi assassinada pelo ex-companheiro na frente dos filhos, na última terça-feira (23), foi encontrada uma carta escrita a próprio punho onde a mesma pedia ao juiz a liberação de seu marido de uma medida protetiva. Essa carta foi apresentada durante a audiência de custódia, resultando na libertação do agressor, que posteriormente cometeu o homicídio.
Uma investigação sobre a veracidade da carta foi conduzida, e a delegada Maria Cléssia Vasconcelos confirmou sua existência. Rafaela também possuía histórico de medidas protetivas expedidas pela DEAM e enfrentava um inquérito policial, incluindo acusações de estupro. O advogado apresentou uma carta escrita à mão por Rafaela durante a audiência de custódia. Além disso, a delegada revelou que Rafaela tinha medidas protetivas emitidas pela DEAM, assim como estava envolvida em um inquérito policial e enfrentava acusações de estupro, destacando a importância das medidas de proteção para sua segurança”, contou.
Diante desses fatos, questiona-se se a carta de Rafaela influenciou na decisão judicial de libertar o agressor. A delegada ressaltou a possibilidade de Rafaela ter sido pressionada a escrever a carta, levantando preocupações sobre sua saúde mental e sua dependência afetiva.
Além disso, destacou a importância de não culpabilizar a vítima, especialmente considerando o contexto de uma mulher com filhos e a necessidade de trabalhar para sustentá-los. O trágico desfecho do caso de Rafaela ressalta a urgência de abordar a violência doméstica e aprimorar as medidas de proteção às vítimas.
A delegada enfatiza a necessidade de responsabilização e avaliação dos procedimentos judiciais em casos de violência doméstica. O projeto liderado pela promotora, que busca conscientizar sobre o feminicídio e suas consequências para toda a família, recebe destaque como uma iniciativa crucial nesse contexto.
Com informações: Carlos Valadares
Por: Mayara Silva