Advogado de suspeito de mandar matar médico nega que crime foi confessado por cliente

O advogado do homem suspeito de mandar matar o pediatra Júlio César de Queiroz Teixeira, dentro da clínica onde a vítima trabalhava, nega que ele confessou o crime quando foi preso. A informação anterior foi passada pelo coordenador da 11ª Coorpin, delegado Rivaldo Almeida Luz.

Júlio César, de 44 anos, foi morto em 23 de setembro, quando estava em atendimento, no município de Barra, oeste do estado. Ele foi baleado na frente de pacientes e da esposa, que é enfermeira e trabalhava com ele no local.

Diego Santos Silva, de 31 anos, se apresentou à polícia na cidade de Barreiras, na mesma região. Segundo o advogado Valdomiro Vieira, o suspeito permaneceu calado durante o depoimento e só vai se pronunciar depois que a defesa tiver acesso aos autos do processo. O advogado de Diego Silva ainda disse que vai recorrer do pedido de prisão.

A informação dada pela defesa do suspeito é divergente da passada pelo delegado Rivaldo Luz, que afirmou que ele confessou mandar matar o médico. 

Diego Silva teve a prisão decretada no início de outubro e era considerado foragido. Apesar de ser apontado como mandante do crime, a família de Júlio César acredita que ele tenha sido um intermediário entre a pessoa que encomendou o assassinato e os executores.

Diversas versões da motivação do crime já foram apresentadas à polícia, mas oficialmente a hipótese trabalhada é de que o médico teria assediado uma mulher. Essa motivação foi totalmente rejeitada pela família. Para os irmãos, o médico pode ter sido morto por uma disputa de espaço de trabalho.

Quatro suspeitos já foram presos: os executores do crime e um casal, que conforme as investigações, atuou como olheiro. Os três homens foram encaminhados para a penitenciária de Barreiras e a mulher está presa na delegacia de Barra.

Até a manhã do dia 28 de setembro, a polícia afirmava que apurava se o pediatra foi assassinado após alertar uma família sobre uma criança atendida por ele, que apresentou sinais de abuso sexual. O caso teria ocorrido no ano de 2016, em Buritirama, cidade que fica na mesma região. O delegado disse que foi informado sobre a situação pela família do pediatra.

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