Dados da Pesquisa Nacional de Saúde mostram que quase cinco milhões de trabalhadores (4,948 milhões) se acidentaram no Brasil entre 2012 e 2013. As informações inéditas do estudo, feito pelo IBGE, mostram pela primeira vez a extensão da falta de segurança no trabalho no país.
O número é seis vezes maior que a única estatística oficial de que o Brasil dispunha até então: as comunicações ao governo de acidentes de trabalho, restritas ao assalariado com carteira assinada. Escapam do controle os funcionários públicos e os informais. Mesmo obrigatórios, os registros de acidentes entre os trabalhadores formais são subdimensionados, como reconhece a própria Previdência Social, que cuida dos números. Raramente são notificados os casos que não exigem que o trabalhador se afaste. Pelas contas da Previdência, houve 718 mil acidentes em 2013.
Conforme o jornal A Tarde, Celia Landmann, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que coordenou a pesquisa juntamente com o IBGE, afirma que já havia a percepção de que a insegurança no trabalho é latente no Brasil. “O número é muito alto, mas não surpreendeu tanto assim. Em atendimentos de acidentes e violência em serviços de emergência, a proporção de acidentes de trabalho é de 33%”, revela a pesquisadora.
Com informações do jornal A Tarde.
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